Insights do 2º dia do evento sobre Smart Cities: tecnologia na administração pública, controle de acesso, necessidades urgentes, energia limpa, integração com a natureza, dados e arte.
Nesta quinta-feira (21), a importância do cidadão foi destacada mais uma vez durante as discussões sobre o desenvolvimento de cidades inteligentes. O Smart City Expo Curitiba 2024 reforçou a ideia de que a tecnologia deve estar presente em todos os setores da gestão pública para promover o crescimento de cidades mais inteligentes e inclusivas. O evento abordou diversas maneiras de tornar as cidades mais eficientes e sustentáveis, impactando diretamente na qualidade de vida da população.
Além disso, o segundo dia do evento também enfatizou a importância de investir em infraestrutura moderna para transformar a cidade inteligente em uma realidade palpável. A busca constante por inovação e soluções tecnológicas tem impulsionado o desenvolvimento de cidades inteligentes ao redor do mundo, criando ambientes mais dinâmicos e preparados para os desafios do século XXI. As discussões promovidas no Smart City Expo Curitiba 2024 refletiram o compromisso em construir um futuro mais sustentável e conectado.
Foco na usabilidade
Suportes tecnológicos que já são viáveis podem ser reutilizados para solucionar novos desafios. (Foto: Lívia Inácio/reprodução) Tecnologias disruptivas são bem-vindas, mas sua eficácia está intrinsecamente ligada à capacidade de resolver problemas urbanos. O potencial dessas inovações não está apenas na sofisticação, mas sim na aplicabilidade direta nas cidades mais inteligentes. Elementos cotidianos podem ter um impacto significativo. Por exemplo, se a maioria das pessoas possui um smartphone com Bluetooth, por que não utilizar essa rede para mapear veículos roubados?
Essa abordagem inovadora foi o ponto de partida de um case de sucesso na Europa desenvolvido por John Rhodel Bartolome, da Polkadot. A polícia francesa hoje consegue acompanhar veículos furtados, prever rotas prováveis e recuperá-los rapidamente, graças a essa tecnologia. No Brasil, São José dos Campos se destaca como a primeira cidade do país certificada como inteligente pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, onde a integração de câmeras de segurança com sistemas de inteligência resultou em uma redução de 48% no número de automóveis roubados.
Capacitação de gestores públicos
Uma estratégia crucial para promover cidades mais inteligentes é priorizar a capacitação dos gestores públicos. Sensibilizar os tomadores de decisão é fundamental para estimular a inovação e o pensamento de longo prazo na administração pública. André Tortato Rauen, do Instituto Serzedelo Corrêa, destaca a importância de quebrar paradigmas e adotar práticas dinâmicas, mesmo diante de estruturas consolidadas. A cultura da governança pública precisa evoluir para acompanhar as demandas atuais e futuras das cidades inteligentes.
Integração com a natureza
Transformar as cidades em ambientes mais sustentáveis é uma necessidade urgente, especialmente considerando a dimensão climática. A sobrevivência da humanidade depende de uma abordagem mais integrada e harmoniosa com o meio ambiente. As cidades inteligentes precisam adotar práticas mais orgânicas e sustentáveis, diversificando os métodos de construção e integrando-se de forma mais efetiva com a natureza. Marcela Mondino, da Fundación Avina, e Ciro Pirondi, da Associação Escola da Cidade, defendem a importância de emular o metabolismo da natureza e revisar os padrões de desenvolvimento atuais para promover uma convivência mais equilibrada com o ambiente.
Pensamento de longo prazo
Para redesenhar as cidades e torná-las mais inovadoras, sustentáveis e resilientes, é necessário adotar uma visão de longo prazo, que nem sempre se alinha com os interesses imediatos do setor privado. O Estado desempenha um papel fundamental no planejamento estrutural e na implementação de soluções tecnológicas acessíveis. A transição para veículos elétricos, por exemplo, demanda um investimento inicial significativo, mas os benefícios a longo prazo são inquestionáveis. Modelos de parceria entre setores público e privado, como o caso de Santiago, no Chile, demonstram que é possível encontrar soluções conjuntas para viabilizar a transição para energia limpa e serviços de transporte mais eficientes.
Fonte: @Tech Mundo
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