A Future Climate abre escritórios em Abu Dhabi e Cingapura para buscar R$ 200 milhões para fundos de tecnologias de descarbonização, impulsionando a transição climática no mercado de carbono e gestão de recursos na Ásia-Pacífico.
A Future Climate, anteriormente conhecida como Future Carbon, passou por uma transformação significativa no primeiro semestre, alterando sua estratégia para se concentrar em finanças climáticas. Sob a liderança de Fábio Galindo, ex-chairman da Aegea, a empresa agora busca recursos no exterior para investir em projetos que promovam a descarbonização no Brasil.
Com o objetivo de contribuir para a redução de carbono no país, a Future Climate está empenhada em encontrar soluções inovadoras para minimizar a pegada de carbono das empresas brasileiras. A descarbonização é um passo crucial para alcançar a neutralidade de carbono e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Com a ajuda de investimentos estratégicos, a empresa espera acelerar a transição para uma economia mais sustentável e baixo carbono no Brasil.
Expansão Internacional para Acelerar a Descarbonização
A Future Climate, anteriormente conhecida como Future Carbon, está expandindo suas operações para os Emirados Árabes Unidos e Cingapura, com o objetivo de atender à demanda crescente de fundos soberanos do Oriente Médio e investidores asiáticos por projetos de redução de carbono. De acordo com Fábio Galindo, fundador e CEO da Future Climate, o Brasil é um país com ativos e uma grande produção de projetos de carbono, mas o interesse e o capital estão atualmente fora do país.
Com a abertura de escritórios nos Emirados Árabes Unidos e Cingapura, a Future Climate pretende criar uma ponte entre os ativos ambientais brasileiros e o capital internacional. A escolha desses locais não foi casual, pois a Future Climate foi selecionada para integrar o Abu Dhabi Global Market (ADGM), um hub internacional de investimentos liderado pelo fundo Altérra, que possui US$ 30 bilhões em recursos para investir em projetos que promovam a transição climática.
Cingapura, por sua vez, se tornou um dos principais hubs globais de mercado de carbono, estabelecendo as regulações internacionais para a compra e venda de créditos de carbono no mercado internacional. Além disso, Cingapura é um cluster de investimentos na Ásia Pacífico, o que torna a região atraente para a Future Climate.
Investimentos em Tecnologias de Descarbonização
A abertura desses dois novos hubs tem o objetivo de conseguir recursos para os primeiros investimentos do braço financeiro da Future Climate, além de abrir caminho para a venda de créditos de carbono oriundos das companhias investidas. A intenção da Future Climate é atingir R$ 200 milhões nos próximos três anos para abastecer dois fundos a serem geridos pelo braço de gestão.
O primeiro fundo é um veículo de venture capital que vai investir em tecnologias de descarbonização para as indústrias, como agronegócio e mineração. A Future Climate pretende também apoiar empresas com teses de restauração de florestas e pastagens, desde fornecedores de produtos para esse fim até aqueles que implementam esse serviço.
O crédito de carbono segue na pauta e é o tema do segundo fundo, batizado de ‘2.0 Carbon Fund’. Ele vai investir em projetos geradores desses ativos, com o objetivo de acelerar projetos que detêm frameworks de alta qualidade. A Future Climate tem condições de diligenciar e conhecer projetos de alta qualidade, que têm prêmio de preço e maior liquidez no mercado internacional.
Neutralização de Carbono e Mitigação de Carbono
A Future Climate entende que pode alcançar seu objetivo de ter 10 milhões de hectares de florestas no País até 2032 com mais rapidez financiando projetos de terceiros. Como desenvolvedor, a empresa conseguia fazer 20, 30 projetos, mas como investidor, pode alcançar esse objetivo de forma mais eficiente.
A expansão internacional da Future Climate é um passo importante para acelerar a descarbonização e promover a transição climática. Com a abertura de escritórios nos Emirados Árabes Unidos e Cingapura, a empresa está se posicionando para atender à demanda crescente de fundos soberanos e investidores asiáticos por projetos de redução de carbono.
Fonte: @ NEO FEED