Em sentir-se útil no pequeno mundo, temos privilégios para praticar empatia. Ajude com doação de tempo ou energia na reconstrução de lugares e sentidos. É suficiente, sem sentir culpa por estar bem. (148 caracteres)
Essa narrativa é para aqueles que não foram impactados diretamente pela tragédia no Rio Grande do Sul – afinal, seria extremamente insensível da minha parte, confortavelmente sentado no sofá da minha casa, abordar uma situação que não estou experimentando. Aqui, do meu lado, é difícil compreender a dimensão do problema. Apesar das notícias, fotos e vídeos, é impossível conceber o significado de perder tudo em uma tragédia como essa.
Por outro lado, é fundamental estarmos solidários e oferecer suporte às vítimas desse desastre. Em momentos de calamidade, é crucial demonstrar empatia e auxiliar da maneira que pudermos. A superação de uma catástrofe como essa requer união e compaixão, valores essenciais em situações tão adversas.
Reflexões sobre a tragédia no RS;
De repente, tudo muda. A tragédia no RS; nos faz sentir uma pequenez avassaladora neste momento. Como contribuir? Será que o que oferecemos é suficiente? Sabemos que parece insuficiente diante da reconstrução necessária após o desastre, da calamidade que se abateu e do vazio que se instalou. Surge um sentimento de culpa por estar em uma posição privilegiada. Ou por seguir em frente. Trabalhar, socializar, se divertir.
Alguns dias são marcados por um sentimento de inadequação. Tudo parece vazio, sem propósito. É comum questionar nossa existência diante da catástrofe no RS; e de eventos semelhantes. Há quem diga que não devemos nos permitir sentir assim, e compreendemos esse ponto de vista. No entanto, é relevante reconhecer nossa posição no mundo.
É possível desfrutar de momentos de lazer, mas não podemos nos alienar do que ocorre ao nosso redor. A empatia não deve ser seletiva, restrita a grandes tragédias. Devemos nos sensibilizar com todas as realidades, não apenas as que ganham destaque na mídia. A solidariedade vai além de doar roupas ou alimentos; envolve também acolhimento emocional, doação de tempo e energia.
Qualquer forma de ajuda, independentemente de sua natureza, faz diferença. Seja uma contribuição financeira ou um gesto de apoio emocional, tudo conta. Não importa a quantia ou o objeto doado, o importante é agir. Não podemos permitir que a situação no RS; seja esquecida. A reconstrução demandará tempo e esforço, e é fundamental manter o tema em pauta, cobrando responsabilidades e oferecendo suporte.
É um processo contínuo, um dia de cada vez. As enchentes no RS; não apenas representam um perigo físico, mas também afetam a saúde mental da população. É crucial compartilhar essas reflexões e agir com empatia e solidariedade em todas as circunstâncias.
Fonte: @ CNN Brasil