Aos 72 anos, após conversão religiosa, ela assume na Academia Brasileira de Letras do Cárcere, valorizando a vida e o direito à expressão.
Maria Auxiliadora Santos é uma autora que compartilha sua jornada de vida e conversão religiosa em seu primeiro livro. Com essa obra, ela se junta a outras doze escritoras e escritores que ocuparão as vinte e uma cadeiras da Academia Brasileira de Letras do Cárcere, fundada em abril de 2024. Escrever é uma forma de libertação, e Maria Auxiliadora é um exemplo disso.
Como uma mãe e escritora, Maria Auxiliadora busca inspirar os outros com sua história. A palavra tem o poder de transformar, e ela está determinada a usar sua voz para fazer uma diferença. Com sua adesão à Academia Brasileira de Letras do Cárcere, Maria Auxiliadora se torna uma das vozes mais importantes da instituição, e seu livro é um reflexo de sua dedicação à escrita e à sua fé. Maria Auxiliadora é um exemplo de como a escrita pode ser uma ferramenta poderosa para a transformação pessoal e social.
Maria Auxiliadora: Uma Jornada de Transformação
Maria Auxiliadora Santos, mãe do famoso Marcinho VP e agora autora, acaba de lançar seu primeiro livro, ‘A Transformação de Maria – Jesus me Tirou das Trevas para a Luz’. Essa obra é uma fonte preciosa para conhecermos a vida e a conversão da autora, que vai além da associação inevitável entre ela e seu filho famoso. O livro narra a vida de Maria Auxiliadora, desde sua infância em Salvador, em 1952, até sua conversão religiosa e sua jornada como escritora.
Maria Auxiliadora nasceu em uma família que enfrentou muitas dificuldades. Sua mãe trouxe a família para o Rio de Janeiro, mas não conseguiu sustentar os filhos. Duas filhas, incluindo Maria Auxiliadora, foram enviadas para um colégio interno público pelo Juizado de Menor. Após a morte de sua mãe, Maria Auxiliadora se viu obrigada a cuidar de seus irmãos, o que a levou a se envolver com o crime para garantir o sustento da família.
A vida no crime, o nascimento dos filhos e filhas, as mortes dos companheiros, prisões e a conversão religiosa estão narradas no livro de forma clara e fluente. A escrita de Maria Auxiliadora é uma forma de compartilhar sua história e experiências, e de encontrar um propósito na dor que vivenciou.
A Posse na Academia Brasileira de Letras do Cárcere
A posse de Maria Auxiliadora Santos na Academia Brasileira de Letras do Cárcere (ABLC) completa as 21 cadeiras da instituição. A ABLC foi fundada em abril de 2024 para destacar as obras de egressas e egressos do sistema prisional, promovendo a valorização humana e o direito à expressão literária.
Maria Auxiliadora Santos é uma das 12 escritoras e escritores que compõem a ABLC. Sua posse é um marco importante para a instituição, que busca reconhecer e valorizar a produção literária de pessoas que passaram pelo sistema prisional.
A Conversão Religiosa e a Escrita
A conversão religiosa de Maria Auxiliadora foi um momento crucial em sua vida. Ela aceitou Jesus na prisão, em 1993, após ouvir uma notícia devastadora sobre uma chacina no Complexo do Alemão. Essa experiência a inspirou a registrar sua trajetória e a encontrar um propósito na dor que vivenciou.
A escrita do livro foi um processo de libertação para Maria Auxiliadora. Ao revisitar seu passado, ela percebeu quantas decisões erradas tomou sem a orientação de Deus. Esse processo lhe proporcionou clareza e um profundo entendimento sobre sua trajetória.
Maria Auxiliadora Santos é uma autora, mãe e escritora que encontrou sua voz e seu propósito através da escrita. Sua história é um testemunho da transformação e da redenção, e serve como inspiração para aqueles que enfrentam desafios semelhantes.
Fonte: @ Terra