Secretário de Economia da Fazenda comentou Boletim Macrofiscal, antecipado. Fatores externos e domésticos discutidos. Copom e inflação brasileira analisados. Trajetória de preços, núcleos anuais, serviços subjacentes apresentados. Dados recentes. Fed influência possível. Redução espaço. Patamar restritivo e taxa neutra abordados. (147 caracteres)
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, destacou hoje que a tamanho da queda da Selic pode ser influenciado por fatores externos, mais do que internos. Durante a coletiva de imprensa para discutir o Boletim Macrofiscal recente, ele ressaltou a importância de considerar o cenário global para entender a direção da taxa de juros básica.
Além disso, Mello enfatizou que a redução de juros pode ser uma estratégia para estimular a economia nacional, mas que é crucial acompanhar de perto as movimentações no mercado internacional. A interconexão entre as variáveis econômicas globais e locais pode ser determinante para as decisões futuras sobre a política monetária do país.
Discussão sobre o tamanho da queda da Selic e a redução de juros
Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está em 10,5% ao ano. A questão do tamanho da queda da Selic tem sido amplamente discutida, especialmente em relação aos fatores externos e domésticos que influenciam essa decisão. Segundo Mello, membro do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic terminal é um tema de grande relevância que será observado nas próximas reuniões.
Do ponto de vista doméstico, o comportamento da inflação brasileira tem sido destacado como positivo, com projeções de desaceleração mesmo diante de pressões externas e internas, como as que podem surgir do Rio Grande do Sul. Os núcleos anualizados de inflação estão próximos da meta, assim como a trajetória de preços para os estratos mais vulneráveis da população, demonstrando certa estabilidade.
Além disso, os preços dos serviços subjacentes têm se mantido sob controle, contribuindo para a manutenção da inflação em níveis satisfatórios. No cenário internacional, os dados mais recentes dos Estados Unidos podem influenciar novas revisões para baixo na inflação, abrindo espaço para o Federal Reserve (Fed) iniciar a redução de juros.
No contexto brasileiro, o Banco Central reconhece que o atual patamar da taxa de juros é considerado restritivo. Há margem significativa para diminuir a Selic e ainda assim manter um nível restritivo, conforme ressaltado pelo Ministério da Fazenda, que estima a taxa neutra de juros entre 8% e 9% em termos nominais. A discussão sobre o tamanho da queda da Selic e a redução de juros permanece em destaque, considerando os diversos fatores que influenciam essa decisão crucial para a economia nacional.
Fonte: @ Valor Invest Globo