Brasil chega a 64 atletas escalados desde o Mundial do Catar com estreias de Abner e Igor Jesus, maior rotatividade de jogadores e número de convocados na lista de atletas em processo de reformulação.
A reformulação da Seleção Brasileira desde a última Copa do Mundo é um processo contínuo e desafiador, que reflete a busca por um time ideal. A dificuldade em encontrar essa combinação perfeita é evidenciada pela quantidade de jogadores utilizados pela Seleção neste ciclo.
Com tantas opções disponíveis, a Seleção tem enfrentado desafios para encontrar a equipe certa para cada jogo. A esquadra brasileira tem sido testada em várias ocasiões, e a busca por um time mais coeso e eficaz continua. A Seleção precisa encontrar um equilíbrio entre a experiência e a juventude para alcançar o sucesso nos próximos desafios.
Rotatividade na Seleção
Em um período de apenas um ano e meio, desde o amistoso contra Marrocos em março de 2023 até a vitória sobre o Chile, 64 atletas vestiram a camisa da Seleção, superando o número de jogadores utilizados em toda a trajetória entre a Rússia e o Catar. No último ciclo de Copa, o técnico Tite escalou 63 atletas diferentes em 55 partidas. Para alcançar essa marca, o Brasil precisou de apenas 20 jogos. A estreia do lateral-esquerdo Abner e do atacante Igor Jesus, titulares diante do Chile, contribuiu para esse recorde.
A maior rotatividade de jogadores na Seleção está diretamente relacionada às sucessivas trocas de comando. Enquanto no último ciclo o Brasil deu continuidade ao trabalho de Tite, desta vez a CBF já optou por três treinadores diferentes: Ramón Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior. A equipe de Dorival Júnior escalou 37 atletas diferentes em 11 confrontos, com Bruno Guimarães sendo o jogador que mais atuou sob seu comando.
Processo de Reformulação
A Seleção ainda não alcançou o número de convocados do ciclo anterior, mas já está próxima. Desde 2023, 73 nomes foram chamados, contra 87 lembrados por Tite entre o meio de 2018 e o fim de 2022. Dos 26 jogadores que estiveram no último Mundial, no fim de 2022, cinco não foram mais convocados desde então: Daniel Alves, Everton Ribeiro, Fabinho, Fred e Thiago Silva.
A base da equipe é considerada importante para o sucesso da Seleção. ‘Na minha opinião, já temos uma base desde a Copa. Mudaram alguns jogadores, mas a base é importante. Afinal, haverá alterações, mas tendo uma base esses jogadores (que chegam) encaixam mais facilmente no grupo e na maneira de jogar’, comentou o atacante Raphinha, um dos remanescentes da era Tite.
Quantidade de Jogadores
A lista de atletas utilizados neste ciclo pode aumentar na terça-feira, contra o Peru, em duelo no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O meia Matheus Pereira, do Cruzeiro, foi convocado para o lugar de Lucas Paquetá, suspenso, e vive a expectativa de estrear com a amarelinha. A quantidade de jogadores utilizados pela Seleção é um reflexo da rotatividade e do processo de reformulação da equipe.
A lista de jogadores utilizados pelo Brasil desde o Mundial do Catar inclui:
* Goleiros: Alisson, Bento, Ederson e Weverton;
* Zagueiros: Beraldo, Bremer, Éder Militão, Fabricio Bruno, Gabriel Magalhães, Ibañez, João Gomes, Marquinhos e Nino;
* Laterais-direitos: Arthur, Danilo, Emerson Royal, Vanderson e Yan Couto;
* Laterais-esquerdos: Abner, Alex Telles, Ayrton Lucas, Caio Henrique, Carlos Augusto, Guilherme Arana, Renan Lodi e Wendell;
* Meio-campistas: André, Andreas Pereira, Andrey Santos, Bruno Guimarães, Casemiro, Douglas Luiz, Ederson, Gerson, Joelinton, Lucas, Lucas Paquetá, Pablo Maia e Raphael Veiga;
* Atacantes: Antony, David Neres, Endrick, Estêvão, Evanilson, Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli, Galeno, Igor Jesus, João Pedro, Luiz.
Fonte: © GE – Globo Esportes