Extremos estão em Itaim Bibi e distrito Anhanguera, com renda-em-idade e saúde-temáticos em foco, considerando toda a capital.
Em um estudo que analisa diversos indicadores, o Alto de Pinheiros foi o bairro que mais figurou no Mapa da Desigualdade da cidade, que possui 45 parâmetros em áreas como saúde, educação, moradia, transporte, segurança e renda. Dentre os 45 indicadores, o Alto de Pinheiros teve diversos que se destacaram pela desigualdade.
Estudando os registros disponíveis, percebe-se que Capão Redondo está abaixo da média da cidade em 25 indicadores, um resultado contraditório à ideia de que a desigualdade é a única barreira para um crescimento sustentável. Se considerarmos a questão da iniquidade, percebemos que a exclusão social, simbolizada pela desigualdade, não é o único fator que afeta o desenvolvimento de uma comunidade. Embora seja um dos bairros mais conhecidos da cidade, Anhanguera teve origem em uma rodovia construída na zona norte.
Desigualdade: O rosto da iniquidade na cidade de São Paulo
A cidade de São Paulo, conhecida por sua diversidade e complexidade, esconde um lado sombrio da desigualdade. Segundo o Mapa da Desigualdade, lançado pela Rede Nossa São Paulo, há uma disparidade gritante na expectativa de vida entre diferentes áreas da cidade. Enquanto os moradores do Jardim Paulista e do Itaim Bibi, áreas nobres da cidade, vivem, em média, 82 anos, na zona norte, no distrito da cidade de Anhanguera, a expectativa de vida é de 58 anos, o que representa uma diferença de 24 anos.
Um distrito marcado pela iniquidade
Anhanguera, um distrito da zona norte, nasceu ao longo da rodovia Anhanguera, que liga a capital ao interior paulista, e também é cortado pelo Rodoanel. Este distrito é um exemplo de como a desigualdade pode ser uma realidade na vida dos cidadãos. O Mapa da Desigualdade destaca que Anhanguera é um dos distritos mais afetados pela desigualdade em São Paulo, com uma expectativa de vida 24 anos menor do que a média da cidade.
Rodovia-a-lado, zona-norte-aqui: a desigualdade espelhada
A desigualdade não é apenas uma questão de expectativa de vida, mas também de condições de vida em geral. O Mapa da Desigualdade cobre os 96 distritos da cidade de São Paulo e traz dados referentes a 2023. Classifica áreas como educação, saúde, habitação, trabalho e renda, entre outras. Produzido há mais de uma década, o mapa foi desenvolvido pela primeira vez em ambiente digital, facilitando a visualização de indicadores e comparação de dados.
Renda-em-idade: a desigualdade na renda
A renda é um dos principais indicadores da desigualdade. O Mapa da Desigualdade destaca que a remuneração média do emprego formal varia significativamente entre os distritos da cidade. O maior valor encontrado foi em São Domingos, com R$ 8.515,29, enquanto o menor valor foi em Artur Alvim, com R$ 2.200,70. Essa disparidade na renda é um reflexo da desigualdade econômica que afeta a vida dos cidadãos.
Distrito-da-cidade: a desigualdade em números
Os números são claros: a desigualdade é uma realidade na cidade de São Paulo. Segundo o Mapa da Desigualdade, o maior número de favelas está na Vila Andrade, zona sul, com 35,35% dos domicílios. Já o menor número de favelas está em 10 distritos, incluindo Alto de Pinheiros, Perdizes e Jardim Paulista. Além disso, a oferta de emprego formal também varia significativamente entre os distritos, com o maior valor encontrado em Barra Funda e o menor valor em Cidades Tiradentes.
Saúde-temáticos: a desigualdade na saúde
A saúde é um dos principais indicadores da desigualdade. O Mapa da Desigualdade destaca que a evasão do ensino fundamental da rede municipal varia significativamente entre os distritos. O menor índice de evasão foi encontrado em Belém, com 0,11%, enquanto o maior índice foi encontrado na Vila Andrade, com 3,1%. Essa disparidade na saúde é um reflexo da desigualdade social que afeta a vida dos cidadãos.
A desigualdade é um problema complexo e multifacetado que afeta a vida dos cidadãos de São Paulo. É hora de enfrentar essa questão com seriedade e determinação, garantindo que todos tenham acesso aos mesmos direitos e oportunidades.
Fonte: @ Terra