Proposta apresentada pelos Kabum fundadores: Dissolução negócio varejista, Conselho, Administração, Assembleia geral extraordinária, acionistas, minoritários, Kabum, controles rigorosos, Lei S.A.s, Itau BBA, fusões/aquisições, Ubiratan Machado, Câmera Brasil-Canadá, arbitragem, anulação acordo, indenização, queda preços ações, crises macroeconômicas.
O Conselho de Administração do Magazine Luiza convocou uma assembleia geral extraordinária para discutir a ação de responsabilidade em relação ao presidente do Grupo, Francisco Trajano. A reunião, marcada para o dia 29 de maio, foi solicitada pelos irmãos Leandro e Thiago Ramos, acionionistas minoritários e fundadores do Kabum, visando avaliar a condução da empresa.
A expectativa é que durante a assembleia sejam abordadas possíveis acusações de má-administração ou negligência por parte de Francisco Trajano. Os acionistas sinalizaram intenção de investigar qualquer acusação de omissão e tomar as medidas cabíveis para assegurar a transparência e a ética na gestão do Magazine Luiza.
O embate na assembleia: ação, de responsabilidade.
A assembleia geral extraordinária virtual do Magazine Luiza está agendada para ocorrer a partir das 16 horas, e os membros interessados devem realizar o cadastro antecipado. Segundo o artigo 159 da Lei das S.A.s, os irmãos Ramos buscam recuperar os prejuízos causados ao seu patrimônio na empresa.
O deslize contábil que resultou em um ajuste de R$ 829,5 milhões, admitido pela companhia em novembro de 2023, é uma consequência da falta de controles rigorosos, uma questão sobre a qual o Sr. Frederico Trajano tem sido alertado por um longo período, não apenas por Thiago Ramos e Leandro Ramos, mas também por outros gestores.
A resposta de Trajano à demanda dos Ramos, expressa em carta enviada ao conselho de acionistas do Magazine Luiza, destaca a acusação dos antigos donos de querer receber valores indevidos e de utilizarem recursos legais para atingi-lo pessoalmente.
A batalha entre os irmãos Ramos e a varejista ganhou destaque em 2023, quando Leandro e Thiago decidiram desfazer o negócio milionário. Em fevereiro, recorreram à Justiça para solicitar a produção antecipada de provas contra o Itaú BBA, responsável pelo processo de venda do e-commerce. Eles acusaram o banco de investimento e o executivo da área de fusões e aquisições, Ubiratan Machado, de favorecer o Magazine Luiza no processo.
Em julho, acionaram a Câmara de Comércio Brasil-Canadá para iniciar um processo de arbitragem contra a varejista. As opções incluíam desde a anulação do acordo até uma possível indenização do Magalu. A expectativa deles é recuperar os valores inicialmente acordados, em torno de R$ 3,5 bilhões.
Trajano rebateu as alegações dos fundadores do Kabum, descrevendo a luta dos irmãos contra a empresa como uma tentativa de obter benefícios não merecidos. Ele afirmou que os antigos acionistas do Kabum mudaram o foco para atingi-lo pessoalmente, após não conseguirem atacar diretamente a companhia.
A queda no preço das ações teria sido o catalisador da crise, iniciando um período de turbulência. Após quase dois anos de negociações, em julho de 2021, os irmãos Ramos venderam o e-commerce para o Magazine Luiza por R$ 1 bilhão. O valor total da transação poderia chegar a R$ 3,5 bilhões, dependendo do desempenho futuro da empresa.
No entanto, em menos de seis meses, o valor das ações do Magazine Luiza despencou na Bolsa, devido a fatores macroeconômicos e desafios setoriais. A ação, que chegou a ser cotada acima de R$ 20 em julho, foi negociada por apenas R$ 7,22 em dezembro do mesmo ano. Essa instabilidade financeira tornou-se um ponto crucial no embate entre os fundadores e a empresa.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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