Lock-up curto e remuneração dos conselheiros desagradam acionistas importantes em investimento médio de empresa contratual.
No último sábado, a empresa de tecnologia XPTO (XPTO3) e a startup ABC (ABC4) anunciaram o acordo de acionistas da fusão, destacando dois pontos cruciais que impactaram os investidores e resultaram em uma queda de 4,12% nas ações da ABC4 e 2,99% nas ações da XPTO3. Um dos pontos em destaque foi a cláusula de veto para decisões estratégicas, que estará em vigor até a próxima reunião do conselho, marcada para o dia 25 de julho.
Além disso, o acordo entre acionistas também prevê a criação de um comitê especial para monitorar a integração das operações e garantir a sinergia entre as equipes. Essa medida visa fortalecer a parceria entre as empresas e assegurar o cumprimento dos objetivos estratégicos estabelecidos no acordo de sócios. A expectativa é que essa união traga benefícios mútuos e promova o crescimento sustentável no mercado de tecnologia.
Importância do Acordo de Acionistas na Empresa Contratual
O lockup é uma cláusula contratual crucial que estabelece um período de restrição para os investidores não venderem as ações de uma empresa. No contexto do UBS BB, o lock-up desempenha um papel fundamental na tese de investimento a médio prazo, fortalecendo o alinhamento com os minoritários, especialmente diante de projetos relevantes em andamento. Segundo a Levante Corp, a não ativação do instrumento de retenção dos principais acionistas levanta suspeitas sobre players relevantes, como o Bradesco, que detém cerca de 10% das ações da nova empresa, podendo realizar vendas logo após a conclusão do acordo.
Desafios do Acordo de Acionistas e Pressão Vendedora
A Guide destaca a preocupação com o lockup de curto prazo e o risco de pressão vendedora pós-assembleia, que poderia impactar o preço das ações da empresa combinada. A Ágora Investimentos aponta a ausência de acionistas importantes no acordo de acionistas até o momento, ressaltando a importância de garantir o apoio de uma parcela significativa da base acionária para a conclusão da fusão.
Remuneração e Valorização das Empresas
Um ponto de atenção é a antecipação na remuneração do conselho de administração, com aumento significativo nos valores. Embora a remuneração seja negativa em termos de caixa, seu impacto total é considerado pouco relevante. A Ágora destaca que o objetivo do acordo de acionistas é garantir o apoio necessário para a fusão, podendo haver ajustes no lock-up e no número de signatários.
Desafios Futuros e Potencial de Valorização
Apesar do valuation atrativo das empresas combinadas, a nova administração enfrentará desafios, como a redução do custo médio de extração de petróleo. A volatilidade nos preços do petróleo e na produção pode gerar impactos nas ações. A Levante ressalta a importância de superar tais desafios para desbloquear o potencial de valorização das empresas no mercado.
Fonte: @ Info Money