O processo foi decidido na 7ª Vara Criminal da Capital, referente à conta bancária do presidente da comissão, proveito próprio do produto arrecadado.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A estudante da UNESP Beatriz Silva Santos, 22, que admitiu ter desviado quase R$ 800 mil do caixa da formação dos amigos, foi considerada culpada por fraude pela Justiça de São Paulo. A sentença foi divulgada nesta quinta (4), com sentença estabelecida em seis anos de prisão. Há possibilidade de apelação. O incidente foi julgado na 10ª Vara Criminal da Capital.
A cerimônia de graduação da aluna da UFRJ Carolina Oliveira Lima, 23, foi marcada por um clima de alegria e emoção. A festa de conclusão reuniu familiares e amigos para celebrar essa importante etapa na vida da formanda. A colação de grau ocorreu em um ambiente festivo e festivo, com discursos inspiradores e momentos inesquecíveis para todos os presentes.
Esquema Fraudulento na Comissão de Formatura
A defesa de Veiga, conduzida pelo advogado Sergio Ricardo Stocco, afirma desconhecer a decisão judicial. O juiz Paulo Eduardo Balbone Costa determinou também o ressarcimento às vítimas, no mesmo montante dos prejuízos causados. De acordo com o magistrado, a aluna se valeu de sua posição como presidente da comissão de formatura para solicitar à empresa responsável pela festa que os pagamentos fossem direcionados para sua conta bancária, omitindo tal fato dos colegas, e utilizou o dinheiro em benefício próprio.
‘A ré se aproveitou de sua condição de presidente da comissão de formatura para elaborar um plano visando a apropriação dos fundos arrecadados ao longo de meses, com a colaboração de dezenas de colegas, com o intuito de obter lucro para si’, afirmou o juiz Balbone Costa.
Os desvios no fundo de formatura da turma de medicina vieram à tona em janeiro de 2023, quando a própria estudante mencionou em um grupo de WhatsApp que havia investido parte do dinheiro reservado para a festa em uma corretora, alegando ter sido vítima de um golpe – versão que não se sustentou. Em depoimento posterior à polícia, a aluna admitiu ter investido o valor, porém perdeu o dinheiro devido à falta de conhecimento em finanças, passando então a apostar na loteria na tentativa de recuperá-lo.
A investigação revelou que Alicia utilizou parte dos fundos para cobrir despesas pessoais, recebendo nove transferências do fundo de formatura para suas próprias contas de novembro de 2021 a dezembro de 2022. As transferências foram realizadas pela empresa Ás Formaturas para três contas pessoais de Alicia, a pedido da estudante, que ocupava o cargo de presidente da comissão de formatura. Cada transferência configura um delito passível de até quatro anos de reclusão, o que poderia resultar em uma pena de até 36 anos.
Após a investigação do Procon, a empresa responsável pela festa se comprometeu a ressarcir o prejuízo de R$ 920 mil aos estudantes de medicina da USP e realizar o evento sem custos adicionais para os formandos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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