Empresas têm até dia 27 para entregar laudo conclusivo sobre queda de braço com concessionária em recuperação judicial.
Em meio à disputa entre a Supervia e o governo do Rio de Janeiro, as contas da empresa que gerencia os trens urbanos no estado estão sob escrutínio de duas firmas de consultoria financeira indicadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). As empresas terão a responsabilidade de elaborar um parecer conclusivo durante a reunião agendada para o dia 27 deste mês.
A contabilidade da concessionária será minuciosamente examinada, visando esclarecer possíveis discrepâncias nos balanços apresentados. A transparência nas finanças da empresa é crucial para a resolução desse impasse, que impacta diretamente o transporte público na região. A expectativa é que o laudo das consultorias traga clareza e contribua para a tomada de decisões assertivas. queda anual de 62%
SuperVia: Análise de Contas e Recuperação Judicial
A avaliação conclusiva das contas da SuperVia é crucial para determinar a real situação financeira da concessionária de trens urbanos. A empresa, que enfrenta dificuldades financeiras há anos, entrou em recuperação judicial em 2021, com prejuízos contabilizados em R$ 1,2 bilhão. Alega-se que a crise decorre dos impactos da pandemia de covid-19, do congelamento de tarifas e de questões como o furto de cabos, afetando a contabilidade da companhia.
A queda de braço entre a SuperVia e o consórcio Gumi, formado por empresas japonesas, tem sido evidente, com ameaças de devolução da concessão do serviço. A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes (Agetransp) tem aplicado multas à SuperVia por descumprimento de contrato, incluindo a falta de investimentos previstos, impactando suas finanças.
As dificuldades financeiras levaram a SuperVia a admitir a possibilidade de falência em um prazo de 60 dias, o que levou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) a exigir esclarecimentos do governador Cláudio Castro. A necessidade de uma reestruturação contratual ou um plano de contingência foi discutida, mas o governo negou a concessão de recursos adicionais, indicando um prazo de 180 dias para substituir a concessionária.
O juiz Vitor Torres, responsável pelo processo de recuperação judicial da SuperVia, determinou a análise minuciosa das contas da empresa. A Tostes Consultoria e a Alternativa Soluções e Projetos Financeiros estão encarregadas dessa tarefa. O juiz solicitou dados precisos sobre a inviabilidade econômico-financeira, os déficits de caixa projetados e os valores necessários para a manutenção e operação da empresa.
As empresas designadas como observadores especializados, papel conhecido como watchdog, receberão R$ 250 mil cada pelo trabalho. A urgência em analisar as contas da SuperVia se deve ao risco de descontinuidade de um serviço público essencial, exigindo uma atuação rápida e eficaz para evitar maiores complicações financeiras.
Fonte: @ Agencia Brasil