Computadores quânticos desafiam ao não permitirem cópia de informação, exigindo ser à prova de erros para processar cálculos de forma rápida e com menor número de erros.
Recentemente, os avanços na área da Computação Quântica têm sido cada vez mais significativos, aproximando-se de aplicações práticas no mundo real. O potencial revolucionário dessa tecnologia não passa despercebido pelas grandes empresas de tecnologia, que investem pesadamente em pesquisas e desenvolvimento para explorar todo o seu poder.
A medida que a Computação Quântica continua evoluindo, torna-se claro que seu impacto não se limitará apenas ao mundo real, mas também irá influenciar o cosmos físico como o conhecemos. A promessa de explorar novas fronteiras na realidade física está cada vez mais próxima de se tornar uma conquista tangível.
Contribuição no Mundo Real pela Computação Quântica
Desta vez, mais uma empresa inovadora revelou seus avanços na área da Computação Quântica. Em abril, a Microsoft surpreendeu ao anunciar o desenvolvimento de um sistema com o menor número de erros já registrado até agora. A colaboração entre a empresa e a startup Quantinuum resultou em um sistema de virtualização de qubit que impressionou: 14 mil experimentos quânticos executados sem qualquer erro. Esse feito coloca em destaque a importância da Computação Quântica no mundo real, avançando as fronteiras do processamento de cálculos.
Os qubits, a menor unidade de processamento nesse campo, desempenham um papel fundamental. Enquanto um bit em computação clássica expressa apenas dois estados, 0 ou 1, o qubit na Computação Quântica pode representar infinitos estados simultaneamente entre 0 e 1. Essa capacidade teórica de infinitas possibilidades confere à Computação Quântica um potencial revolucionário no processamento de informações complexas.
Contudo, a realidade física impõe desafios, principalmente a instabilidade dos qubits que resulta em erros. Atualmente, as taxas de erro nos processadores quânticos variam de 1 em 100 a 1 em 10 mil, longe da precisão necessária para operações avançadas. A Google adota como meta taxas de erro entre 1 em 1 milhão e 1 em 1 bilhão para viabilizar máquinas funcionais.
A busca por soluções levou a um conceito promissor: os qubits lógicos, que comprimem diversos qubits físicos em uma única unidade de processamento. Esse avanço permite mitigar erros e elevar a confiabilidade do sistema, fundamental para aplicações práticas no mundo real. Cada qubit lógico equivale a mil qubits físicos, abrindo caminho para sistemas mais robustos e confiáveis.
Atualmente, combinar qubits físicos e virtuais é uma estratégia adotada pela Microsoft para aprimorar a resiliência a erros e a confiabilidade dos sistemas de Computação Quântica. A empresa busca demonstrar a utilidade prática dessas tecnologias para indústrias como a farmacêutica. A mescla resultou em uma melhoria significativa, com uma redução de 800 vezes nas taxas de erros em comparação aos qubits físicos isolados.
Esses avanços posicionam a Microsoft em um novo patamar na corrida pela Computação Quântica avançada, saindo do ‘nível 1? para o ‘nível 2?, caracterizado por sistemas resilientes e com menor número de erros. Essa transição é crucial para a criação de supercomputadores híbridos capazes de impulsionar a pesquisa e a inovação em diversas áreas.
Com a perspectiva de alcançar um supercomputador híbrido com 100 qubits lógicos confiáveis para pesquisas científicas, a Microsoft almeja também uma escala comercial com cerca de mil qubits lógicos confiáveis. Estes avanços prometem revolucionar não apenas o cosmos físico da Computação Quântica, mas também o mundo real, com aplicações práticas que transformarão diversos setores.
Fonte: @ Info Money
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