Espécie com ocorrências recentes apenas no Brasil, último registro fora do País em 2002, afetando bacias hidrográficas e áreas de distribuição, com impactos ambientais e taxas de cruzamento na comunidade da espécie.
O pato-mergulhão, uma espécie em perigo crítico, encontra-se em uma situação alarmante no Brasil, seu último refúgio. A sobrevivência da ave depende da conservação de seu habitat natural, que está sendo ameaçado por atividades humanas. O pato-mergulhão, que também é encontrado na Argentina e Paraguai, foi considerado extinto entre 1940 e 1950, mas conseguiu se recuperar parcialmente.
Hoje, há menos de 250 indivíduos livres na natureza, todos em território brasileiro. A perda de habitat é um dos principais fatores que contribuem para a diminuição da população do pato-mergulhão. Além disso, a caça e a poluição também são ameaças significativas para a sobrevivência dessa ave. É fundamental que sejam tomadas medidas para proteger o pato-mergulhão e seu habitat, a fim de garantir a preservação dessa espécie única e fascinante.
O Pato-Mergulhão: Uma Espécie em Declínio
De acordo com o Instituto Chico Mendes, o pato-mergulhão, uma ave aquática, tem sido avistado recentemente em vida livre nas bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Tocantins e Paraná, em partes dos Estados de Minas Gerais, Goiás e Tocantins. No entanto, fora do Brasil, o último registro em solo argentino foi em 2002, e no Paraguai, em 1984. Essas ocorrências são um indicativo de que a espécie está em declínio.
Com as poucas aparições, estima-se que o pato-mergulhão esteja extinto em mais de 90% de sua área de distribuição original. No passado, suas aparições ocorriam também em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Em levantamento feito em 2019, o animal foi colocado como criticamente ameaçado de extinção, segundo a Lista Vermelha da IUCN.
Impactos Ambientais e Redução da Comunidade da Espécie
A redução da comunidade da espécie é bastante influenciada por sua fragilidade aos impactos ambientais, principalmente por causa da baixa diversidade e altas taxas de cruzamento entre parentes próximos. Por esses motivos, a construção de empreendimentos como barragens, aumento dos sedimentos na água em decorrência da retirada da vegetação e poluição dos rios são fatores que ameaçam a vida do pato-mergulhão.
O pato-mergulhão é uma ave monogâmica, ou seja, os casais possuem fortes laços de união e têm um único parceiro. No quesito reprodutivo, os principais meses são entre maio e setembro. A ninhada tem até oito ovos, que são colocados em fendas nas rochas, ocos de árvores e cavidades em barrancos de terra nas margens dos rios. Após a quebra, os filhotes deixam o ninho no dia seguinte, mas permanecem com os pais por cerca de seis meses.
Comportamento e Alimentação do Pato-Mergulhão
Além da lealdade ao parceiro, o pato-mergulhão também é sedentário, e fica apenas em determinado trecho do rio. Mesmo em momento de descanso, a espécie se mantém alerta às aproximações, inclusive de seres humanos. A caça acontece em remansos e corredeiras, enquanto o descanso é feito em rochas, pedras ou troncos no curso d’água. Sua alimentação é baseada em peixes, que são capturados durante mergulhos. Pela característica física, o pato-mergulhão tem a pesca favorecida pelo bico longo e serrilhado, além da visão acurada que favorece na observação da água. Esse olhar, porém, permite que o animal sobreviva apenas em águas límpidas e transparentes.
Fonte: @ Terra
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