Relatório do Banco Central sobre expectativas do mercado para indicadores econômicos do Brasil, como Índice de Preços ao Consumidor e taxa básica de juros.
As expectativas dos economistas brasileiros em relação à inflação seguem em ascensão, o que eleva as preocupações sobre o aumento dos preços e custos no mercado interno. A inflação, que já vinha apresentando um comportamento persistente, agora é vista como um desafio ainda maior para a política econômica do país.
De acordo com as últimas projeções, a inflação pode ultrapassar os patamares previamente estimados, o que poderia levar a uma pressão inflacionária mais intensa sobre os preços e custos dos produtos e serviços. Isso, por sua vez, poderia impactar negativamente o poder de compra dos consumidores e a competitividade das empresas. A necessidade de uma gestão eficaz da inflação se torna cada vez mais urgente para garantir a estabilidade econômica e o crescimento sustentável do Brasil.
Inflação em alta
As expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continuam em alta, conforme o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central. O relatório reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil. A previsão para a inflação até o final de 2025 subiu pela oitava semana seguida, de 4,59% para 4,60%.
O Banco Central aumentou a Selic em um ponto percentual na última reunião e indicou que mais dois ajustes da mesma proporção devem ser feitos. A meta de inflação do Banco Central é de 3% para 2024 e 2025, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que significa um limite tolerado de 4,5% ao ano.
Preços e custos em alta
A previsão para 2024, que voltou a aumentar há duas semanas, subiu novamente de 4,84% para 4,89%. A expectativa para a Selic, a taxa básica de juros da economia, subiu de 13,50% para 14,00% no fim de 2025. A previsão para a Selic no fim de 2026 saiu de 11% para 11,25%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou os juros em um ponto percentual na última semana e indicou que devem ser feitos mais dois ajustes na mesma proporção. A inflação é um dos principais indicadores econômicos do Brasil e sua alta pode afetar os preços e custos de bens e serviços.
Indicadores econômicos
A expectativa para o dólar no fim deste ano saiu de R$ 5,95 para R$ 5,99, assim como na semana passada. A estimativa para a moeda no final de 2025 saiu de R$ 5,677 para R$ 5,85, também em movimento igual ao das últimas semanas. Para o fim de 2026, a previsão saiu de R$ 5,73 para R$ 5,80, também em movimento semelhante ao das semanas anteriores.
A expectativa para o crescimento da economia medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 3,39% para 3,42% para 2024, mesmo movimento das semanas anteriores. Para 2025, a projeção saiu de 2,00% para 2,01%, assim como na semana passada. Já para 2026, o PIB foi mantido em 2%, assim como nas semanas anteriores.
Fonte: @ Valor Invest Globo