Empresa pagará multa de até US$ 487 mi, abaixo do pedido das famílias das vítimas. Departamento de Justiça acordou para evitar declaração de acordo favorável.
A Boeing concordou em assumir a culpa por uma acusação de conspiração para enganar a agência de aviação dos Estados Unidos por seu papel em dois acidentes fatais do 737 Max, conforme informado pelo Departamento de Justiça em um processo judicial no domingo passado. Este acordo representa um novo desafio para a empresa, que enfrentou uma série de questões de segurança recentemente, mas ao mesmo tempo evita consequências mais graves. A gigante aeroespacial pagará até US$ 487 milhões em multas, uma quantia consideravelmente menor do que os US$ 24,8 bilhões que as famílias das vítimas dos acidentes esperavam que a Boeing desembolsasse.
Essa decisão da fabricante de aeronaves em se declarar culpada destaca a gravidade dos incidentes e a necessidade de responsabilização. A Boeing está enfrentando as consequências de suas ações, buscando reparar danos e reconstruir a confiança do público. É um momento desafiador para a empresa, que precisa demonstrar um compromisso contínuo com a segurança e a transparência em suas operações. A indústria aeroespacial está atenta a como a Boeing lidará com essa situação e as medidas que serão tomadas para evitar problemas semelhantes no futuro.
Boeing enfrenta oposição das famílias das vítimas
O fabricante de aeronaves Boeing está enfrentando oposição das famílias das vítimas de dois acidentes fatais envolvendo o 737 Max. O departamento de justiça declarou que o acordo firmado não foi bem recebido pelas famílias, que buscam um julgamento público sobre as acusações. A confissão de culpa da Boeing representa um golpe significativo para sua reputação, uma vez que a empresa era conhecida pela qualidade e segurança de seus aviões comerciais.
Acordo em se favorável, mas não satisfaz famílias das vítimas
O acordo estabelecido determina que a Boeing terá que operar sob a supervisão de um monitor independente por três anos. No entanto, as famílias das vítimas não se sentiram satisfeitas com as condições do acordo. Um dos advogados das famílias, Paul Cassell, criticou o acordo, afirmando que não reconhece a gravidade da situação, onde 346 pessoas perderam a vida devido à conspiração da Boeing.
Departamento de Justiça defende acordo com a Boeing
O Departamento de Justiça defendeu o acordo, alegando que as penalidades impostas à Boeing eram as mais sérias possíveis. Além disso, o departamento argumentou que o acordo resultaria em melhorias significativas, como a supervisão de um monitor e investimentos adicionais em segurança e conformidade por parte da Boeing. A resolução foi descrita como uma forma de proteger o público americano e responsabilizar a Boeing por sua conduta inadequada.
Boeing enfrenta possíveis problemas legais futuros
Apesar de nenhum indivíduo enfrentar acusações criminais decorrentes do acordo, o Departamento de Justiça alertou que a Boeing e seus executivos ainda podem enfrentar problemas legais futuros. A empresa não recebeu imunidade para nenhuma outra conduta corporativa, o que levanta a possibilidade de investigações adicionais. A resolução com a Boeing aborda especificamente a má conduta anterior aos acidentes do 737 Max, deixando em aberto a possibilidade de ações legais futuras.
Fonte: © CNN Brasil