Recomendações dos papéis educacionais reiteradas pelo banco americano destacam Visibilidade, operacional, Patamar, juros, Lucro, pressionado e Preço-alvo reduzido.
Ações de empresas educacionais seguem em baixa visibilidade no mercado, com perspectivas de recuperação operacional ainda incertas. Com juros mais altos no Brasil em 2025, o lucro dessas empresas deve sofrer pressão.
Investidores que detêm Ativos dessas empresas devem estar atentos aos Títulos que compõem seus Investimentos. A desaceleração no crescimento do lucro pode afetar a rentabilidade desses Ativos. O BofA projeta um cenário desafiador para o setor de educação em 2025.
Ações do Setor Educacional Sofrem Revisão do Price-Target
No contexto atual, o banco americano realizou uma revisão nos preços-alvos (estimativas de valor justo) das ações do setor educacional brasileiro, mantendo suas recomendações inalteradas. As novas estimativas são:
– Preço-alvo da Ser: reduzido de R$ 7,50 para R$ 7, mantendo recomendação neutra.
– Preço-alvo da Cogna: revisado de R$ 1,70 para R$ 1,40, com recomendação neutra.
– Preço-alvo da Vitru: ajustado de R$ 17 para R$ 12, mantendo recomendação de compra.
– Preço-alvo da Cruzeiro do Sul: reduzido de R$ 6,50 para R$ 5,50, com recomendação de compra.
– Preço-alvo da Ânima: cortado de R$ 6 para R$ 3,50, preservando recomendação de compra.
– Preço-alvo da Yduqs: reduzido de R$ 18 para R$ 15, com recomendação de compra mantida.
Os analistas Flávio Yoshida, Mirela Oliveira, e Gustavo Tiseo destacam que os dados preliminares do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e uma base de comparação mais baixa podem trazer resultados positivos para o setor. No entanto, eles salientam que a deterioração do cenário macroeconômico e o impacto no poder de compra das famílias são fatores de risco para novas matrículas. Além disso, o lucro dessas empresas será pressionado devido aos juros altos no Brasil. Diante disso, o banco reduziu os preços-alvos das empresas sob sua cobertura, mas manteve preferência pelas ações da Ânima e Yduqs, destacando a robustez na geração de caixa, baixa exposição a cursos a distância e o posicionamento em cursos premium.
Em termos de múltiplos, as ações do setor educacional estão atualmente subvalorizadas, mesmo considerando perspectivas mais desafiadoras. Isso cria oportunidades para investidores com foco em retornos de médio e longo prazos.
Visibilidade e Perspectivas para Investimentos
Os investimentos em ações do setor educacional brasileiro enfrentam um cenário desafiador, com a deterioração do cenário macroeconômico e o impacto na capacidade de compra das famílias. No entanto, a visibilidade das ações da Ânima e Yduqs se mantém positiva devido à sua operacional eficiente e ao patamar de geração de caixa robusto. Essas empresas apresentam baixa exposição a cursos a distância e um posicionamento sólido em cursos premium, o que pode ser um diferencial em um mercado pressionado por juros altos.
O poder de compra reduzido das famílias e o aumento dos juros no Brasil são fatores que podem pressionar o lucro das empresas do setor educacional. Por outro lado, a possibilidade de uma base de comparação mais baixa e os dados preliminares do Enem podem trazer um cenário mais positivo para o setor.
Oportunidades e Investimentos
Para investidores que buscam retornos no médio e longo prazos, as ações do setor educacional podem oferecer oportunidades, especialmente considerando a atual subvalorização. A Ânima e a Yduqs destacam-se pela sua capacidade de geração de caixa e pelo posicionamento em cursos premium, o que pode ser um atrativo em um mercado com juros altos.
Os títulos e ativos do setor educacional requerem uma análise cuidadosa do cenário macroeconômico e das perspectivas de cada empresa. A visibilidade e o poder de compra são fundamentais para entender o potencial de crescimento e retorno sobre os investimentos.
Fonte: @ Valor Invest Globo