Banco Central Europeu mantém decisão de juros em 4%, alerta para resiliência da inflação de serviços.
Os mercados financeiros europeus apresentaram uma sessão volátil hoje, com os principais índices acionários fechando no vermelho, impactados pela última decisão de juros do Banco Central Europeu. O BCE optou por manter a taxa de referência em 4%, surpreendendo alguns investidores que esperavam mudanças mais significativas, resultando em uma reação negativa no mercado.
Os analistas estão atentos às próximas movimentações do Banco Central Europeu para avaliar como a instituição irá lidar com a questão da inflação de serviços, tema que foi destacado na última reunião. A postura do BCE em relação a essas questões poderá influenciar o rumo dos mercados nos próximos dias, gerando expectativas e especulações entre os investidores.
Decisão do BCE sobre Taxas de Juros
No discurso após a divulgação do comunicado, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, enfatizou que a desaceleração da inflação não seguirá uma linha reta na zona do euro, prevendo solavancos no caminho. O índice Stoxx 600 registrou uma queda de 0,44%, atingindo 504,34 pontos; o Dax de Frankfurt recuou 0,79% para 17.954,48; o FTSE da Bolsa de Londres teve uma queda de 0,47% para 7.923,80 pontos; e o Cac 40 de Paris recuou 0,27%, alcançando 8.023,74 pontos.
Papéis da Aviva e Outros Destaques do Mercado
No cenário corporativo, os papéis da Aviva se destacaram com uma queda de 6%, após a seguradora do Reino Unido anunciar planos de reformulação. Por outro lado, a farmacêutica Astrazeneca chamou a atenção positivamente, registrando um aumento de 3% após projetar maior dividendo para este ano.
Previsões dos Economistas do Banco Wells Fargo
Segundo os economistas do banco Wells Fargo, o Banco Central Europeu manterá um ritmo moderado de cortes nas taxas durante o segundo semestre deste ano. Isso reflete preocupações contínuas com a inflação, principalmente em relação aos serviços, e a expectativa de uma recuperação econômica gradual na zona do euro ao longo do ano. O banco prevê um corte inicial de 25 pontos-base na taxa de juros em junho, seguido por uma pausa em julho e mais reduções de 25 pontos-base em setembro, outubro, e dezembro, totalizando 100 pontos-base de flexibilização ao longo do ano.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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