Reportagens do G1 de 11 a 15/03/2024 com relatos dos comandantes das Fortes Armadas, incluindo a minuta de decreto assinada pelo Brigadeiro Carlos Baptista Jr.
O depoimento de militares está colocando Bolsonaro no centro de uma trama golpista, complicando ainda mais a situação do ex-presidente. O Caso Marielle também está ganhando destaque, chegando ao STF por um suposto envolvimento de autoridade com foro. Homem que fugia de facção criminosa acabou ferindo duas pessoas e fazendo 16 reféns dentro de um ônibus em rodoviária.
A repercussão dos depoimentos militares vem chamando a atenção para as possíveis conexões de Bolsonaro com a trama golpista. O ex-presidente se vê cada vez mais pressionado diante dessas revelações. O envolvimento em casos como o Caso Marielle apenas aumentam a polêmica em torno do presidente.
Bolsonaro e a trama golpista
O presidente Jair Bolsonaro está envolvido em uma polêmica após os relatos do ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e do Brigadeiro Carlos Baptista Jr., da Aeronáutica. Freire Gomes afirmou à Polícia Federal que Bolsonaro apresentou uma minuta de decreto com objetivos golpistas e discutiu o assunto com comandantes das Forças Armadas. Em outro depoimento, o Brigadeiro alertou que prenderia o então presidente caso ele tentasse um golpe.
Esses relatos complicam a estratégia de Bolsonaro, que inicialmente negava ter conhecimento das minutas. Ele chegou a afirmar: ‘Nunca assinei nada relacionado a isso. Até porque ninguém dá ‘golpe’ com papel’.
Os recentes acontecimentos colocaram Bolsonaro no centro de uma trama golpista que vem sendo investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo de 27 depoimentos, revelando detalhes sobre a tentativa de um golpe de Estado e a participação de militares.
Caso Marielle chega ao STF
O assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes completou 6 anos na quinta-feira (14), sem respostas sobre o mandante e a motivação para o atentado. As investigações avançaram e chegaram ao Supremo Tribunal Federal por suposto envolvimento de alguém com foro privilegiado.
Dentre as autoridades que possuem esse direito estão o presidente, ministros, senadores, deputados federais e integrantes dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores. Alexandre de Moraes foi sorteado como relator do caso, que corre em sigilo.
O envolvimento de figuras com foro privilegiado pode trazer novos desdobramentos ao caso, que tem gerado grande comoção e pressão por respostas concretas sobre os responsáveis pela morte de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Sequestro de ônibus no Rio
O Rio de Janeiro foi palco de um sequestro de ônibus na terça-feira (12), quando um criminoso armado fez 16 pessoas reféns na rodoviária da cidade. O homem, que tentava fugir de uma facção para Minas Gerais, acabou rendendo os passageiros após ferir duas pessoas fora do veículo.
Após cerca de 3 horas de negociação, o sequestrador se entregou e liberou os reféns. Entre os feridos, Bruno Lima da Costa Soares precisou passar por uma cirurgia devido aos ferimentos graves. Seu estado de saúde permaneceu crítico na tarde de sexta-feira (15).
Esse incidente trouxe à tona a insegurança enfrentada por muitas pessoas no Rio de Janeiro, reacendendo debates sobre a eficácia das políticas de segurança pública e o combate ao crime organizado na região.
Porte de drogas: STF x Senado
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, na quarta-feira (13), uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as leis relativas ao porte e posse de drogas. Essa aprovação aconteceu em meio a um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que discute a descriminalização do porte de pequenas quantidades de maconha para uso pessoal.
A proposta aprovada pela CCJ prevê que mesmo quem for pego com uma quantidade pequena de drogas para uso próprio será criminalizado e sujeito a medidas socioeducativas. Essa discussão no Senado tem gerado debates acalorados sobre a política de drogas no Brasil e a abordagem adotada em relação aos usuários.
Dentistas e anestesia
Uma decisão judicial recente alterou as regras para o uso de anestesia por dentistas em seus consultórios. A medida diz respeito especialmente à sedação com remédios controlados, que deixam o paciente inconsciente durante procedimentos odontológicos.
Essa mudança traz novas obrigações e normas para os dentistas, como a necessidade de ter uma sala de recuperação pós-anestesia próxima ao consultório e a presença de um profissional exclusivamente responsável pela administração da anestesia. Procedimentos mais comuns, que utilizam apenas anestesia local, não são afetados por essa decisão.
Susto em voo
Um incidente em um voo da Latam entre a Austrália e a Nova Zelândia deixou treze pessoas feridas, incluindo passageiros brasileiros. O avião sofreu uma perda brusca de altitude, causando ferimentos em tripulantes e passageiros.
O incidente teria sido desencadeado por um esbarrão de uma comissária no assento do piloto durante o serviço de refeições na cabine. A situação gerou momentos de pânico e desconforto, colocando em questão os protocolos de segurança das companhias aéreas e a preparação para lidar com situações de emergência durante o voo.
Fonte: © G1 – Globo Mundo