Há elementos de prova que demonstram o planejamento-operacional do governo estava reportado a Jair Bolsonaro, atuando como núcleo-próximo de uma trama-golpista, contra a ruptura-institucional e valores-estaduais.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal por sua participação em uma tentativa de golpe na eleição presidencial de 2022. A organização-criminosa supostamente envolvida no golpe era liderada por um empresário ligado ao governo federal.
A investigação da Polícia Federal concluiu que Bolsonaro sabia da trama golpista e que ele mesmo havia dado ordens para que a tentativa de golpe fosse implementada. A organização-criminosa supostamente envolvida no golpe foi identificada como uma rede de corruptos que havia se infiltrado no governo federal durante a gestão de Bolsonaro.
Golpe: trama de implantação de um novo regime
A tentativa de golpe de Estado, realizada pela organização criminosa com a meta de derrubar o Presidente da República, teve seu planejamento operacional, bem como as ações clandestinas, conduzidas de acordo com os ditames da trama-golpista, em total desconformidade com os valores-estaduais. Segundo os autos, há robustos elementos de prova que comprovam que a consumação do golpe não ocorreu, porém, devido a circunstâncias alheias à vontade do então presidente, o que demonstra a tentativa organizada pela organização-criminosa.
Planejamento operacional e continuidade dos atos
As evidências, incluindo registros de entrada de visitantes do Palácio do Alvorada e análise de ERBs, datas e locais de reuniões, demonstram que o então presidente da República tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo) e das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022. A continuidade dos atos, apesar da consumação do golpe não ter ocorrido, indica que a organização-criminosa não desistiu de continuar com a ruptura-institucional.
Posição do Exército e da Aeronáutica
Segundo a PF, a posição do Exército e da Aeronáutica, bem como da maioria do Alto Comando do Exército, foi mantida de acordo com os valores que regem o Estado Democrático de Direito, não se rendendo às pressões golpistas e à organização-criminosa. A decisão dos comandantes do Exército e da Aeronáutica, general de Exército Freire Gomes e Tenente-Brigadeiro do Ar Baptista Junior, de permanecerem fiéis aos valores estaduais, demonstra a resistência ao núcleo-próximo do então presidente da República.
Fonte: @ Valor Invest Globo