Governador acusa facção criminosa de redigir carta de apoio ao psolista, em investigação da inteligência judicial eleitoral sobre uso indevido e abuso de poder político após interceptação.
A campanha do candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, moveu uma ação judicial eleitoral contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, após ele ter afirmado que o PCC – Primeiro Comando da Capital teria supostamente emitido ordens em uma carta para que eleitores votassem em Boulos. Essa ação visa esclarecer os fatos e garantir a lisura do processo eleitoral.
Segundo a petição apresentada, a declaração do governador Tarcísio de Freitas pode ter influenciado o resultado das eleições, e por isso, é necessário um processo de investigação para apurar a veracidade das alegações. Além disso, a campanha de Boulos também solicita uma declaração oficial do governador esclarecendo suas afirmações. A ação judicial eleitoral é um instrumento importante para garantir a transparência e a justiça no processo eleitoral.
Ação Judicial em Curso
Durante uma coletiva de imprensa realizada no Colégio Miguel de Cervantes, em São Paulo, no último domingo, 27, o governador Tarcísio de Freitas fez uma declaração que gerou controvérsia. Ele estava ao lado de Ricardo Nunes, prefeito e candidato à reeleição, e seu aliado. A declaração foi feita enquanto as urnas ainda estavam abertas, o que levantou preocupações sobre o uso do cargo e da informação sensível para potencialmente influenciar os eleitores.
Tarcísio de Freitas afirmou que houve uma ação de inteligência, interceptação de conversas e orientações emanadas de presídios por parte de uma facção criminosa, orientando determinadas pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos. Ele também mencionou que houve uma tentativa de influenciar os eleitores, o que levou a equipe de Boulos a acionar a Justiça Eleitoral.
Investigação e Petição
A equipe de Boulos ajuizou uma ação de investigação contra Tarcísio de Freitas, questionando a veracidade da fala do governador e alegando que a declaração configuraria abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A petição apresentada pelo advogado de Boulos, Francisco Octavio de Almeida Prado Filho, argumenta que as declarações de Tarcísio foram uma tentativa de desestabilizar a campanha do adversário e influenciar diretamente o eleitorado no dia do pleito.
A ação pede que a Justiça Eleitoral declare a inelegibilidade de Tarcísio, Ricardo Nunes e o candidato a vice-prefeito Ricardo Mello Araújo e aplique sanções previstas na LC 64/90, que regula os casos de abuso de poder nas eleições. O processo está em curso e aguarda decisão da Justiça Eleitoral.
Declaração e Consequências
A declaração de Tarcísio de Freitas gerou controvérsia e levantou preocupações sobre o uso do cargo e da informação sensível para potencialmente influenciar os eleitores. A equipe de Boulos argumenta que as declarações de Tarcísio foram uma tentativa de desestabilizar a campanha do adversário e influenciar diretamente o eleitorado no dia do pleito.
A ação judicial em curso busca esclarecer a veracidade da fala de Tarcísio e determinar se houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão da Justiça Eleitoral será fundamental para determinar as consequências da declaração de Tarcísio de Freitas.
Fonte: © Migalhas