Brasileiros vêm piora na economia nos últimos meses, com aumento de problemas climáticos. Taxa daqueles que veem inflação e desemprego cresceu, assim como a parcela de 32% com perfil da amostra otimista.
O momento atual da economia brasileira tem gerado preocupação em muitos cidadãos do país, que estão percebendo uma piora significativa nos indicadores econômicos. A crescente taxa de desemprego e inflação vem impactando a vida da população, refletindo em um cenário de incerteza e instabilidade financeira para muitos.
Nesse contexto, é importante analisar as perspectivas do cenário econômico para os próximos meses, buscando entender as possíveis tendências e desafios que podem surgir. É fundamental que medidas eficazes sejam adotadas para reverter esse quadro negativo e promover o crescimento sustentável da economia, garantindo assim um futuro mais estável e próspero para todos os brasileiros.
Economia em Foco: Avaliação do Cenário Econômico em Pesquisa Datafolha
Os resultados, de pesquisa Datafolha realizada nos dias 19 de 20 de março, coincidem com uma oscilação negativa de três pontos na taxa de reprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 30% para 33%, em relação a levantamento realizado em dezembro.
A deterioração da percepção atual e das expectativas futuras com a economia ocorre em níveis consideráveis, na maior parte dos casos fora da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento ouviu 2.002 eleitores em 147 municípios. A avaliação de que a economia piorou de dezembro para cá cresceu de 35% para 41%.
Economia em destaque: Percepção da População e Falas Polêmicas
Com isso, a taxa dos que veem piora ultrapassou a dos que vinham percebendo melhora, que recuou de 33% para 28% no período. Algumas análises consideram que a perda de popularidade do presidente pode estar ligada a falas polêmicas recentes e revezes no Congresso.
A atual pesquisa sugere que a paralisia da economia nos últimos dois trimestres de 2023 (o Produto Interno Bruto não cresceu nas comparações com trimestres anteriores) e a lenta recuperação neste início de 2024 podem ter pesado mais. Assim como uma alta mais forte nos preços dos alimentos no início do ano, provocada por problemas climáticos nas regiões produtoras do Sul e do Centro-Oeste.
Aumento no Volume de Serviços: Impacto na Economia Brasileira
O preço da comida também parece ter ofuscado algumas boas notícias neste início de 2024, como alta no volume de serviços (+0,7% em janeiro sobre dezembro) e a criação, no primeiro mês do ano, de 180,3 mil novas vagas formais de emprego, acima do esperado.
Avaliação sobre a piora na economia deu-se na maior parte dos principais segmentos da pesquisa, com exceção da faixa dos mais jovens, no qual houve recuo de 37% para 33%. A alta ficou acima da média nas faixas de 35 a 44 anos (de 35% para 46%) e de 45 a 59 anos (de 32% para 42%).
Análise Regional: Percepção da Economia por Região no Brasil
Na região Nordeste, 30% avaliam que a economia brasileira piorou nos últimos meses (eram 28% em dezembro), índice inferior -dentro da margem de erro e com variação menor na percepção de piora- do que o registrado no Sul (47%, ante 44% na pesquisa anterior), no Sudeste (43%, ante 35%) e Norte/Centro-Oeste (49%, ante 40%).
Impacto Político na Economia: Lula e Bolsonaro em Perspectiva
Entre aqueles que votaram em Lula no segundo turno da eleição presidencial de 2022, 16% veem piora no cenário econômico do país, com oscilação em relação ao levantamento anterior (13%). Entre eleitores de Jair Bolsonaro (PL), essa percepção saltou de 59% para 69%.
Na avaliação sobre a situação econômica pessoal, caiu de 35% para 28% o índice dos que apontam melhora, e oscilou de 26% para 28% a percepção de piora. Para 44%, a situação ficou estável (eram 38 % em dezembro do ano passado). Os índices atuais são similares aos registrados em setembro de 2023.
Expectativas Futuras: Otimismo e Pessimismo na Economia Brasileira
Em relação a março passado, o percentual de pessoas que viram sua situação econômica melhorar agora é mais alto (eram 23% há um ano), e o de pessoas que apontaram piora é similar (eram 27%). Na comparação com dezembro do ano passado, há menos brasileiros otimistas e mais pessimistas tanto em relação ao futuro econômico do Brasil quanto o seu próprio.
A expectativa de que a economia vai melhorar nos próximos meses caiu de 47% para 39%, com alta de 22% para 27% na tendência contrária, de piora econômica. Uma parcela de 32% vê estabilidade (em dezembro, 29%), e 2% não opinaram.
Índice de Pessimismo: Variação na Percepção Econômica dos Brasileiros
O índice de pessimismo com a economia do país fica acima da média entre os mais escolarizados (33%), entre os mais ricos (35%), na região Sul (34%), entre evangélicos (32%) e na parcela que reprova o governo Lula (56%).
Fica abaixo da média, por outro lado, entre os mais jovens (19%), no segmento dos menos escolarizados (20%), no Nordeste (19%, e 49% de otimismo), e entre quem aprova (6%) ou considera regular (18%) o governo Lula. As expectativas sobre inflação, desemprego e poder de compra também ficaram mais pessimistas.
Previsão de Inflação e Desemprego: Mudanças nas Expectativas Econômicas
Seis em cada dez (60%) brasileiros preveem que a inflação irá aumentar daqui para frente, ante 51% em dezembro do ano passado. Para 14%, a inflação irá cair (eram 19%), 23% avaliam que ficará igual (em dezembro, 27%) , e 3% não opinaram. O índice de expectativa de alta na inflação atual é o mais alto desde junho de 2022, quando estava em 63%.
A previsão de alta no desemprego é compartilhada por 46%, em alta na comparação com dezembro (39%). No perfil da amostra do Datafolha -assim como no resultado da eleição em 2022-, eleitores de Lula e Bolsonaro dividem-se praticamente meio a meio. Mas é totalmente distinta a percepção deles em relação aos rumos da economia. Entre os que elegeram Lula, 42% acreditam que a inflação vai aumentar.
Beneficiários do Bolsa Família: Impacto Econômico e Social
O Datafolha aferiu ainda que 27% dos entrevistados (ou alguém de sua família) recebe o Bolsa Família. O benefício paga R$ 600 ao mês, mais R$ 150 por criança de até 6 anos. Com algumas oscilações, o total de beneficiários segue alcançando cerca de um quarto das famílias desde o início do governo Lula.
Fonte: © TNH1