Desigualdade social e violência urbana agravam a situação, mas maior conscientização pode explicar o aumento das denúncias, apontam especialistas.
No Brasil, o bullying é um problema grave que afeta muitos estudantes em todo o país. De acordo com dados recentes, a Costa Rica é o país com mais casos de bullying no mundo, com 44% dos estudantes afirmando ter sofrido algum tipo de agressão ou assédio na escola. Esses números são alarmantes e mostram a necessidade de uma ação mais eficaz para combater esse problema.
Os efeitos do bullying podem ser devastadores, levando a consequências graves como a violência e a depressão. Muitos estudantes que sofrem de bullying relatam sentir-se isolados e sem apoio, o que pode levar a tentativas de suicídio. É fundamental que as escolas e as famílias trabalhem juntas para criar um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes, onde o assédio e as agressões sejam intoleráveis. A prevenção é a chave para combater o bullying.
O Impacto Destrutivo do Bullying
Deiran Campos, um estudante da Costa Rica, compartilha sua experiência com o bullying: ‘A segunda foi a mais forte, e me arrependo de ter tentado a terceira porque, a partir da segunda, entendi que isso era muito egoísta’. Outro estudante afirma que o bullying o deixou com ‘muitos problemas de confiança, acho difícil confiar nas pessoas ao meu redor’. Essas declarações ilustram o impacto devastador do bullying, caracterizado por agressões verbais, físicas e psicológicas que se repetem por algum período e podem ter consequências de longo prazo, como a depressão.
O fato de a Costa Rica estar no topo da lista do bullying é surpreendente, considerando que o país possui bons indicadores de desenvolvimento. No entanto, as autoridades acreditam que isso se deve a uma maior conscientização e disposição para denunciar, além do esforço das escolas para combater a violência.
A América Latina no Ranking do Bullying
Além da Costa Rica, outros países latino-americanos estão entre os 20 com mais relatos de bullying entre os estudantes. A Colômbia aparece em 11º lugar, com 23% dos casos. O Brasil, Peru e Chile estão empatados no 16º ao 18º lugar, com 20% dos casos. Especialistas acreditam que características da região, como a desigualdade social, a violência crônica em algumas cidades e a falta de recursos, podem estar contribuindo para o aumento dessa violência entre os jovens.
O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) da OCDE revelou que a Costa Rica tem um dos maiores índices de bullying entre os países participantes. Isso é preocupante, pois o bullying pode ter consequências graves para a saúde mental e o bem-estar dos estudantes. Além disso, o assédio e a violência crônica podem perpetuar um ciclo de agressões e violência, tornando ainda mais difícil combater o bullying.
Combater o Bullying: Um Desafio para a América Latina
Para combater o bullying, é fundamental que as escolas e as autoridades trabalhem juntas para criar um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes. Isso pode incluir a implementação de programas de prevenção e intervenção, além de fornecer apoio e recursos para os estudantes que sofrem de bullying. Além disso, é importante abordar as causas subjacentes do bullying, como a desigualdade social e a violência crônica, para criar uma sociedade mais justa e igualitária.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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