Método de correção Teoria de Resposta ao Item avalia coerência. Candidato perde pontos ao chutar as respostas para questões mais difíceis e acertar as mais fáceis.
É preciso entender que o Enem avalia os candidatos com base em uma escala de 0 a 1.000 pontos, com oito provas de avaliação: redação, língua portuguesa e língua estrangeira, matemática, ciências da natureza, ciências humanas, desenvolvimento socioeconômico e gestão de empreendimentos.
Ao chutar as respostas, o candidato corre o risco de perder pontos, o que pode reduzir a sua nota final. Além disso, a nota final não é simplesmente a soma do número absoluto de acertos. É preciso considerar a distribuição de pontos nas oito provas. Por exemplo, se a prova de matemática tem 100 pontos e a prova de ciências da natureza tem 200 pontos, a nota final não é simplesmente a soma dos pontos obtidos em cada prova. É preciso considerar a ponderação de cada prova.
Nota, pontos e estratégias para o Enem
O método de correção do Enem, baseado na Teoria de Resposta ao Item (TRI), prioriza o desempenho coerente dos candidatos, o que pode levar a notas diferentes para alunos que acertam o mesmo número de perguntas. Nota e pontos são fundamentais nesse contexto.
Alguns alunos podem acertar as questões mais difíceis, mas errar aquelas consideradas fáceis, o que pode indicar que eles ‘chutaram’ as respostas. Nesse caso, terão uma nota inferior à de um estudante que acertou as fáceis, mas errou as mais complexas.
A Teoria de Resposta ao Item (TRI) apresenta vantagens em relação ao método clássico de correção, tais como ao detectar os famosos ‘chutes’, ela premia o aluno que, de fato, se preparou para a prova;possibilita a comparação entre candidatos que tenham feito diferentes edições do exame;torna mais improvável que dois concorrentes tirem exatamente a mesma nota, já que o resultado final é divulgado com duas casas decimais (816,48 pontos, por exemplo).
Para se dar bem na TRI, é importante gastar energia logo de cara com aquela pergunta muito longa e complexa pode cansar o aluno e fazer com que ele erre, depois, uma questão considerada simples.No contexto de TRI, a nota será prejudicada. Na 1ª leitura: resolver todas as questões que considerar fáceis. Na 2ª leitura: responder às perguntas em que tiver ficado entre duas alternativas, consideradas médias. Na 3ª leitura: fazer as questões mais longas ou sobre assuntos não tão comuns no Enem, consideradas difíceis.
A estratégia de resolução da prova pode variar entre os candidatos, mas o objetivo é sempre o mesmo: maximizar a nota no Enem. Para isso, é importante planejar o tempo e a energia de forma eficiente.
Questão fácil é aquela em que o estudante faz a leitura do texto e já sabe a resposta, ou, se é uma questão de exatas, quando ele sabe fazer os cálculos para obter a resposta certa. Já média, é quando o aluno identifica o assunto, começa o exercício e depois esquece informação ou não sabe terminar o cálculo. Já difícil, é quando o aluno não sabe nem começar ou é de algum tema que ele tem mais dificuldade, explica Rodrigo Machado, coordenador do Curso Anglo.
Assim como a nota da prova não vai de 0 a 1.000, nem as notas dos candidatos são iguais. Isso ocorre por que o grau de dificuldade das perguntas daquela edição determina os ‘extremos’ da nota, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza e aplica o Enem.
Quando a prova for composta por muitos itens fáceis, o máximo tenderá a ser mais baixo, e quando for formada por itens difíceis, o mínimo tenderá a ser mais alto, diz o órgão, em documento de orientação aos participantes.
Fonte: © G1 – Globo Mundo