Caminhões bateram no rio Suruí em Magé, Baixada Fluminense, despejando óleo diesel, gasolina e material asfáltico, prejudicando associações de caranguejeiros locais e a Baía de Guanabara.
A sustentabilidade da comunidade pesqueira depende diretamente do rio, mas a contaminação desse ecossistema está afetando a saúde das pessoas. Relatos de irritações na pele e intoxicações são comuns entre os moradores, fazendo com que a população exija medidas concretas para resolver a situação.
Uma passeata organizada pelo GreenFaith no Brasil e por associações locais reforça a necessidade de investigação sobre a contaminação, que inclui a presença de poluentes no rio. Com o objetivo de minimizar o impacto ambiental, a população também busca punição aos responsáveis pela contaminação e apoio às famílias afetadas pela situação. A contaminação do rio não só afeta a saúde como também a economia local, afetando o sustento de todos.
Contaminação: Uma Ameaça à Vida no Rio Suruí
A pescadora Vanilza da Conceição Gomes, moradora de Magé, alerta sobre a destruição de um berço de vida, afetado pela contaminação do Rio Suruí, ocorrida quase um mês após o acidente com dois caminhões, em 1 de outubro, que despejou cinco mil litros de poluentes na área.
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Durante a caminhada de protesto, realizada por moradores, pescadores e ativistas, houve relatos de irritações na pele e intoxicação. Vanilza, que está tomando remédio desde o acidente, relatou que sua garganta dói e que seu neto também passou mal. Rafael Santos Pereira, presidente da Associação de Caranguejeiros e Amigos dos Mangues de Magé, lembrou que a situação se agrava porque estamos no período de proibição da pesca, para proteger a reprodução.
Poluentes no Rio Suruí
O acidente envolveu dois caminhões que bateram na BR-116, à beira do rio Suruí, carregando emulsão asfáltica, gasolina e diesel, que chegam à Baía de Guanabara. O derramamento de cinco mil litros de poluentes causou contaminação do rio Suruí.
O Impacto na Comunidade
A contaminação do rio Suruí afeta diretamente a comunidade de Magé, que depende do caranguejo para sobreviver. A Associação de Caranguejeiros e Amigos dos Mangues de Magé reivindica ações concretas de recuperação ambiental e apoio às famílias prejudicadas.
Desafios na Recuperação Ambiental
Medidas emergenciais, como instalação de boias de contenção, são insuficientes para resolver os vários problemas causados pelo acidente. Segundo dados do mapa da desigualdade publicado pela Casa Fluminense, em 2023, Magé é um dos municípios mais vulneráveis a desastres ambientais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Consequências da Contaminação
Cerca de 73 mil domicílios de Magé estão localizados em áreas de alto risco de alagamento, o que corresponde a 66% das moradias da cidade. A porcentagem supera a capital e é mais do que o dobro da Baixada Fluminense, cuja média de áreas com risco de alagamento é de 28% dos domicílios.
Uma Luta pela Recuperação Ambiental
A luta pela recuperação ambiental do Rio Suruí é uma questão urgente, e a comunidade de Magé exige ações concretas das autoridades para garantir a proteção do meio ambiente e da vida.
Fonte: @ Terra