Capitais sem plano de prevenção de tragédias: Porto Alegre, Vitória, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Aracaju, Natal, São Luís, Belém, Manaus, Macapá, Porto Velho, Boa Vista e Palmas. Levantamento realizado pelo Instituto e sites oficiais das prefeituras.
Dentre as 26 capitais dos estados brasileiros, foi identificado que 15 delas não possuem um plano municipal de mudanças climáticas. Esse mecanismo, essencial para lidar com as mudanças e prevenir eventos catastróficos, é fundamental para proteger as cidades de possíveis desastres e danos significativos.
A ausência de medidas específicas para lidar com as mudanças do clima pode aumentar a vulnerabilidade das regiões a eventos climáticos extremos. É crucial que as autoridades locais ajam com urgência para implementar estratégias que minimizem os impactos de uma possível catástrofe climática e protejam a população e o meio ambiente. Recursos Federais
Desafios das Mudanças Climáticas e a Importância dos Planos Municipais
As mudanças climáticas estão cada vez mais evidentes, e a necessidade de enfrentamento e prevenção de eventos climáticos extremos é urgente. Um levantamento realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) revelou que muitas capitais brasileiras ainda não possuem planos efetivos para lidar com essas questões.
O diretor-geral do IJSN, Pablo Lira, destaca a falta de instrumentos voltados para o enfrentamento de tragédias climáticas em diversas cidades, incluindo Porto Alegre e Vitória. Essas capitais, assim como outras, enfrentam catástrofes climáticas sem um plano adequado para prevenção e mitigação.
Porto Alegre, por exemplo, enfrenta graves consequências de enchentes, enquanto Vitória se destaca por ser a única capital do Sudeste sem um plano de mudanças climáticas. Essas cidades, juntamente com outras que não possuem planos, estão sujeitas a perdas maiores diante de eventos climáticos extremos.
O estudo realizado pelo IJSN apontou que mais de 400 municípios no estado do Rio Grande do Sul sofrem com as consequências das mudanças climáticas, evidenciando a urgência na implementação de medidas preventivas. É fundamental que os governos federal e estadual apoiem a elaboração de planos municipais voltados para o enfrentamento dessas questões.
A falta de colaboração de instituições de pesquisa e da sociedade civil também é um obstáculo na elaboração efetiva desses planos. A extinção do Ministério das Cidades foi um retrocesso nas políticas urbanas e ambientais, impactando diretamente a gestão do território e a prevenção de catástrofes climáticas.
Os estados desempenham um papel crucial na coordenação das ações de Defesa Civil e na fiscalização das áreas de risco. É essencial que haja uma articulação efetiva entre os governos estaduais, municipais e a sociedade civil para enfrentar as mudanças climáticas e seus impactos.
Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, ressalta a importância dos planos municipais na adaptação às novas realidades causadas pelas mudanças climáticas. É nos municípios que as ações concretas de enfrentamento e prevenção desses eventos se concretizarão, sendo fundamental a participação de todos os setores da sociedade nesse processo.
Fonte: © Notícias ao Minuto