Grandes gestoras reduziram captação devido a spreads bastante reduzidos e alta demanda de assets de bancos privados no país.
Após diversos recordes de captação de fevereiro até o momento nos fundos de debêntures incentivadas, que garantem isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, as principais gestoras precisaram moderar suas estratégias.
Com a crescente procura por alternativas isentas de IR, as debêntures incentivadas têm se destacado no mercado, atraindo cada vez mais investidores em busca de rentabilidade e benefícios fiscais. Essa tendência tem impulsionado o setor, levando as gestoras a ajustarem suas estratégias para acompanhar a demanda crescente por esses ativos.
Debêntures Incentivadas: Grandes Gestoras Tiveram Recordes Sucessivos
Em um cenário de spreads bastante reduzidos por causa da grande demanda, as assets dos maiores bancos privados do país, Itaú, Bradesco e Santander, fecharam fundos para captação, medida que já havia sido adotada por Kinea e Sparta. A estratégia de manter os fundos em banho-maria e não fazer qualquer esforço de captação foi adotada pela BTG Pactual Asset. No Bradesco, o fechamento foi comunicado aos clientes recentemente, quando o patrimônio dos dois fundos de debêntures incentivadas da asset atingiu R$ 9 bilhões, após captar R$ 3,5 bilhões neste ano.
‘Não falta papel no mercado, mas temos visto spreads bastante reduzidos. A regra número um é fechar para preservar a rentabilidade dos atuais cotistas’, destaca Ricardo Eleuterio, diretor da asset. O crédito privado tem brilhado em todos os segmentos, da alta renda ao varejo, e as debêntures incentivadas são as protagonistas, com uma explosão na procura.
Na Itaú Asset, o fundo suspenso, o Itaú Debêntures Incentivadas CDI, começou o ano com R$ 2,8 bilhões em patrimônio líquido e em menos de três meses chegou a R$ 6,8 bilhões. De acordo com a gestora, o objetivo foi ‘a preservação de valor para os cotistas atuais do fundo’. A empresa manteve abertos outros quatro fundos de incentivadas, mas com perfis diferentes.
Fonte: @ Valor Invest Globo