Casal acusado de gravar estupro de adolescente vulnerável com fornecimento de bebida alcoólica recebe prisão domiciliar por atestados médicos.
Via @portalg1 | O casal acusado de registrar o estupro de uma jovem, na ocasião com 16 anos, que era dopada, foi sentenciado a 64 anos de detenção em penas somadas. O homem foi detido em 10 de agosto de 2023, em Valentim Gentil (SP), e a mulher em 16 daquele mês, em Pedrinhas (SE).
Esse crime sexual chocou a população local e reforça a necessidade de combater o abuso sexual e a violência sexual em todas as suas formas. A justiça foi feita, mas é crucial continuar a luta contra esses atos abomináveis e garantir a proteção das vítimas.
O caso de estupro e crimes sexuais choca a comunidade
A sentença foi proferida na quinta-feira (4). José André dos Santos, com 36 anos de idade, e Nazaré Gois de Guimarães, com 49 anos, foram sentenciados a 32 anos de prisão cada um por armazenamento de pornografia infantil, fornecimento de bebida alcóolica para adolescentes e estupro de vulnerável. Além disso, o homem foi condenado por ameaça e tráfico de drogas.
O advogado de defesa da mulher, Hery Kattwinkel, revelou que Nazaré está cumprindo prisão domiciliar, devido à responsabilidade de cuidar de uma criança de seis anos. Ela apresentou atestados médicos com diagnósticos de ansiedade, depressão e pânico, resultantes das ameaças feitas por José. Segundo o advogado, ela filmou as cenas como prova da traição do marido, visando utilizá-las no processo de divórcio. Ela enfrentou situações difíceis nas mãos de José, sofrendo ameaças e tendo que lidar com a própria doença, além de cuidar de uma criança abandonada pela mãe.
Na decisão judicial, a prisão domiciliar foi revogada. O advogado afirmou que irá recorrer da sentença. Enquanto isso, José permanece preso, e a defesa dele está sendo contatada pelo g1.
O Caso
O casal estava sob investigação policial desde dezembro de 2022, quando trouxeram uma adolescente de Sergipe com a promessa de proporcionar uma vida melhor para ela. Há indícios de que a vítima engravidou do homem e deu à luz em julho do ano passado, após retornar à sua cidade natal.
O delegado responsável pelo caso, Thiago Madlum, revelou que, enquanto o criminoso cometia os estupros, a esposa registrava os abusos. Através da análise do celular, foram encontrados vídeos que mostram as relações sexuais forçadas. A adolescente aparentava estar fora de si e incapaz de consentir com os atos. Ela afirmou à polícia que, após consumir drogas, não se lembrava dos estupros e era ameaçada quando tentava retornar para sua cidade.
O inquérito foi concluído em 31 de julho do ano passado e encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia.
Por g1 Rio Preto e Araçatuba
Fonte: @portalg1
Fonte: © Direto News