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CEO de varejista ganhou 2.100 vezes mais que seu funcionário médio em 2023, revelando fosso salarial entre CEOs e colaboradores.
Os CEOs sempre ganharam mais dinheiro do que os funcionários.
É importante reconhecer que a disparidade salarial entre CEOs e trabalhadores é um problema que precisa ser abordado. Os patrões devem considerar a equidade salarial e o bem-estar de seus funcionários.
CEOs e o Fosso Crescente entre Patronos e Trabalhadores
O fosso entre CEOs e funcionários está se ampliando à medida que o mercado de ações dos Estados Unidos continua a crescer. Em 2023, o CEO médio do S&P 500 recebeu 196 vezes mais do que o funcionário médio, de acordo com uma análise da Equilar e da Associated Press. Essa proporção representou um aumento em relação ao ano anterior, indicando uma crescente disparidade. A remuneração dos CEOs, fortemente ligada aos preços das ações, tem aumentado de forma significativa em comparação com a dos empregados. Muitos trabalhadores enfrentam dificuldades para acompanhar o custo de vida, enquanto os CEOs desfrutam de aumentos substanciais em sua remuneração.
A remuneração total média dos CEOs do S&P 500, incluindo prêmios em ações, atingiu US$ 16,3 milhões em 2023, representando um aumento anual significativo de 12,6%. Em contraste, o funcionário médio do S&P 500 viu seu salário subir para US$ 81.467 no mesmo período, um aumento de 5,2%. A disparidade nos aumentos salariais é evidente, com os CEOs recebendo um acréscimo de US$ 1,5 milhão, enquanto os trabalhadores ganham cerca de US$ 4.300 a mais anualmente.
Essas descobertas refletem a realidade frustrante para os funcionários que lidam com custos crescentes em diversas áreas, desde despesas básicas até seguros. A inflação nos Estados Unidos diminuiu, mas ainda permanece acima da média histórica. Embora os contracheques estejam aumentando mais rapidamente que os preços, os trabalhadores ainda sentem o impacto acumulado de anos de inflação elevada.
A remuneração dos CEOs está intrinsecamente ligada ao desempenho do mercado de ações. A maior parte de sua remuneração total provém de recompensas em ações, que representaram cerca de 70% do total no ano passado. Com o aumento do mercado de ações, as premiações médias em ações também cresceram, chegando a US$ 9,4 milhões. O boom do mercado de ações em 2023 gerou expectativas de potenciais cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, impulsionando ainda mais os investidores.
O Nasdaq, impulsionado pelo sucesso da inteligência artificial, registrou um aumento de 43% no ano passado, refletindo a confiança dos investidores na economia. Apesar dos desafios enfrentados pelos trabalhadores, a dinâmica entre CEOs, patronos e funcionários continua a evoluir à medida que o mercado financeiro se transforma.
Fonte: © CNN Brasil