Presidente do CFM pede revisão urgente para liberar uso de fenol em procedimentos médicos, com critérios de segurança e eficácia comprovados.
Na cidade de São Paulo, SP, o CFM (Conselho Federal de Medicina) manifestou discordância em relação à decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir temporariamente o uso de ácido fenólico em procedimentos estéticos e de saúde.
O ácido carbólico é um composto químico amplamente utilizado em diversas aplicações, e a restrição imposta pela Anvisa gerou debates e questionamentos por parte de profissionais da área da saúde. A discussão sobre os potenciais impactos dessa medida continua em pauta, com diferentes perspectivas sendo consideradas pelos órgãos responsáveis.
Discussão sobre o uso do ácido fenólico em procedimentos médicos
A utilização do ácido fenólico em procedimentos médicos tem sido objeto de debate nos últimos dias. O presidente do CFM, José Hiran Gallo, expressou a urgência de revisão da decisão que restringe o uso do ácido fenólico pelos médicos, ressaltando a importância de seguir critérios de segurança e eficácia.
A Anvisa, em sua resolução, destacou a falta de estudos que comprovem a eficácia e segurança do ácido fenólico em procedimentos estéticos, especialmente após a trágica morte de um empresário relacionada a um peeling de fenol. O CFM concorda com as restrições impostas a não médicos, mas defende a habilidade dos profissionais de saúde no manuseio do ácido fenólico.
Segundo o CFM, problemas como registros de efeitos adversos e mortes estão associados ao uso do ácido fenólico em tratamentos estéticos realizados por não médicos. A resolução da Anvisa, embora positiva para regular o uso do ácido fenólico, ainda requer ajustes, de acordo com o ofício enviado pelo CFM.
A decisão da Anvisa proíbe temporariamente a importação, fabricação, manipulação e uso de produtos à base de ácido fenólico em procedimentos de saúde e estéticos, enquanto são realizadas investigações sobre seus potenciais danos. A Anvisa justificou a medida cautelar devido às preocupações com os impactos negativos na saúde.
O Cremesp também tomou medidas legais para suspender a venda de substâncias à base de ácido fenólico para profissionais não médicos, após a trágica morte do empresário Henrique da Silva Chagas em decorrência de um peeling de fenol. O procedimento foi realizado por uma pessoa sem formação médica adequada, evidenciando a importância dos critérios de segurança na utilização do ácido fenólico em procedimentos médicos.
Fonte: © Notícias ao Minuto