Na região central, donos de barras se rebelam contra a falha de manutenção dos diques de cheias em nosso país. Últimos dias, queda de nível alarmante: sábado notícia de dezenas de casas inundadas. Voluntários limpam, pressão alta: aprox. dez dias sem funcionamento do sistema proteção. Estoques de vinho e geles danificados. Paredes e móveis afetados. Grande problema evitável, Equatorial Energia. Não más: marca 1,5m de cheias, compras antecipadas, bombas de despejo, lavadoras, sistema de contenção e bombas administradas. Anos de cozinha sem ralo, animais mortos.
PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – A água nas calçadas de diversas ruas da região central de Porto Alegre começou a diminuir diante da queda do nível do lago Guaíba nos últimos dias, levando comerciantes a abrirem as portas de seus estabelecimentos pela primeira vez em duas semanas após a cheia na capital.
Com a redução do volume de água, a população local pôde aos poucos retomar suas atividades cotidianas, mesmo com o receio de novas enchentes e inundações. A comunidade se une para reconstruir o que foi danificado e se preparar para possíveis desafios no futuro, demonstrando resiliência diante das adversidades naturais.
Cidade Baixa enfrenta cheia histórica
Na Travessa dos Venezianos, na Cidade Baixa, tradicional região boêmia da cidade, dezenas de voluntários se dedicaram à limpeza pesada após a noite de sábado (18). Entre goles de vinho, utilizaram lavadoras de alta pressão para remover os resquícios da enchente que assolou a área nas últimas semanas. A marca de 1,5 metro de inundação ainda é visível nas paredes dos bares, lembrando a queda de nível que atingiu a região.
Os comerciantes contabilizam os estragos causados pela água, incluindo perdas nos estoques, danos em freezers, geladeiras, móveis e paredes. A recuperação dos estabelecimentos ainda demandará tempo, mas a determinação dos moradores em restaurar a área é evidente.
Pepe Martini, proprietário do bar Milonga, expressa confiança na reabertura dos negócios, apesar dos desafios enfrentados. O impacto financeiro da cheia ainda está sendo avaliado, mas a comunidade local se mantém unida na reconstrução.
A Travessa dos Venezianos já havia resistido a uma grande enchente em 1941, quando a região enfrentou desafios semelhantes. No entanto, a falta de manutenção nos sistemas de proteção contra cheias contribuiu para a situação atual. Os moradores destacam a importância de medidas preventivas para evitar danos futuros.
A revolta contra a negligência na manutenção dos diques e comportas é evidente entre os proprietários de bares. A necessidade de uma gestão eficiente dos sistemas de contenção de cheias é ressaltada como forma de proteger as casas e estabelecimentos locais.
A Equatorial Energia, responsável pela administração da CEEE, tomou medidas para evitar danos elétricos durante as inundações, o que resultou em cortes de energia em algumas áreas. O restabelecimento do sistema de bombeamento de água foi crucial para minimizar os impactos da enchente na região.
No bar Guernica, Bruna Marcello está adotando estratégias de vendas antecipadas para garantir a sustentabilidade do negócio. A solidariedade entre os moradores é evidente, com a comunidade se unindo para superar as adversidades causadas pela cheia.
A rua dos Andradas, no Centro Histórico, também foi afetada pela cheia, relembrando a tragédia de 1941. Empresários locais avaliam os danos em seus estabelecimentos e buscam soluções para a recuperação. A abertura das comportas para escoar a água demonstra os esforços para mitigar os efeitos das inundações na região.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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