Paciente com lesão cerebral e identidade desconhecida, atropelada em 2000 na capital capixaba, em coma. Cuidados diretos por profissionais de saúde, medidas administrativas em andamento.
Clarinha, como era conhecida, infelizmente faleceu nesta quinta-feira em Vitória (ES), após passar quase 24 anos em coma. A paciente, que foi atropelada em 2000, nunca conseguiu recuperar a consciência após sofrer uma lesão cerebral grave. Mesmo sem documentos que pudessem identificá-la, ficou sob os cuidados da equipe médica até o seu último suspiro.
Apesar de não sabermos sua história ou quem eram seus familiares, Clarinha recebeu todo o suporte necessário durante sua longa permanência no hospital. Sua jornada como paciente em coma pode ter chegado ao fim, mas seu legado permanecerá vivo na memória de todos que a acompanharam ao longo desses anos.
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Os cuidados de Clarinha, paciente em coma
Clarinha, paciente em coma, foi assim que chegou ao Hospital da Polícia Militar do Espírito Santo e permaneceu até o seu falecimento, segundo relato do médico e coronel reformado Jorge Potratz, responsável por seus cuidados diretos por 17 anos na unidade hospitalar.
Durante os últimos seis anos, mesmo depois de se aposentar, Potratz continuou orientando os profissionais no atendimento à Clarinha, que ganhou o apelido devido à cor de sua pele. Totalmente dependente para as atividades diárias, como limpeza e alimentação, a paciente nunca apresentou outra doença além da lesão cerebral que a deixou em coma.
Acompanhamento e relação de Coronel Potratz com Clarinha
Na manhã em que vomitou e teve uma broncoaspiração, Clarinha faleceu durante a noite. O coronel, que se dedicou aos cuidados da paciente como se fosse um membro da família, relembra os momentos em que a auxiliava no dia a dia, desde comprar sabonete até levar itens do supermercado para o seu quarto.
Potratz estima que Clarinha teria atualmente cerca de 47 ou 48 anos, sendo 23 ou 24 anos na época do incidente que a deixou em coma. Durante o tempo em que esteve internada, diferentes famílias questionaram se ela poderia ser um ente desaparecido, mas os exames realizados sempre descartaram essa possibilidade.
Procedimentos após o falecimento de Clarinha
Após o óbito de Clarinha, o corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal pela Polícia Militar, que emitiu uma nota informando a situação. O Ministério Público e a Diretoria de Saúde da PMES estão em contato com os médicos que acompanhavam a paciente, com o objetivo de adotar as medidas administrativas necessárias para o seu sepultamento, devido à falta de documentos que identifiquem Clarinha.
Fonte: © Notícias ao Minuto