O empresário Rodrigo Reis, conhecido como Coach do bitcoin, foi preso por suspeita de criar um esquema empresarial envolvendo corretoras de criptomoedas e investidores, com atividades desenvolvidas por órgãos próprios.
Em uma ação inusitada, o empresário e coach Rodrigo Reis foi preso na quinta-feira (7/11) sob suspeita de ter montado um _esquema_ envolvendo criptomoedas. Conhecido como ‘Coach do bitcoin’, o empresário liderava a RR Consultoria em Investimentos, empresa que teria vitimado cerca de dez mil pessoas com um golpe envolvendo criptomoedas.
No âmbito da investigação, fica evidente a utilização de práticas fraudulentas com vistas a enganar investidores. Além disso, é preciso lembrar que o golpe que afetou mais de dez mil pessoas, não foi isolado, outros golpes envolvendo fraude para obtenção de recursos financeiros, foram cometidos através de outros esquemas, todos com o objetivo de desviar fundos de investidores, causando danos irreparáveis a suas finanças. Além disso, vários outros golpes também foram identificados, todos com o mesmo objetivo, como por exemplo, o _golpe do bitcoin_.
Prejuízos de R$ 260 milhões em golpe de criptomoedas
O empresário foi preso pela Polícia Federal por um golpe envolvendo uma estrutura empresarial complexa que capturou dinheiro de investidores com a promessa de uma rentabilidade de até 9% ao mês. A investigação revelou que o golpe causou prejuízos de R$ 260 milhões.
Estrutura empresarial para golpe
A estrutura empresarial foi usada para capturar investidores e, em seguida, se apropriar dos recursos aplicados. Os valores foram enviados para o exterior por meio de exchanges (corretoras de criptomoedas) sem o conhecimento das vítimas. A PF identificou que os investidores foram atraídos para o golpe com a oferta de criptoativos como empréstimos com promessa de rentabilidade, sem que isso desafiasse a fiscalização dos órgãos próprios.
Recuperação judicial
Em 2023, a RR Consultoria entrou com pedido de recuperação judicial, mas o juiz Paulo Assed Estefan rejeitou a solicitação, afirmando que a empresa havia atuado de forma ‘aparentemente irregular’. O juiz enfatizou que as atividades desenvolvidas pela RR Consultoria deixavam ‘sérias dúvidas sobre a obediência aos regulamentos próprios’. O juiz também destacou que a empresa não havia se cadastrado na Comissão de Valores Mobiliários e que não havia demonstrado viabilidade para justificar a sua recuperação judicial.
Parecer dos peritos
O parecer da advogada Lívia Gavioli Machado e do advogado Rafael Steinfeld concluiu que a RR Consultoria não havia demonstrado viabilidade para justificar a sua recuperação judicial. Eles também identificaram que a empresa havia aberto outras 11 empresas no ano de 2023, nove delas a partir de pró-labore e dividendos obtidos pela RR Consultoria. O parecer concluiu que, diante da paralisação da atividade e da falta de comprovação das formalidades exigidas pela CVM, não havia função social a ser preservada.
Prejuízos e investigação
O golpe envolveu a captura de investidores com a promessa de uma rentabilidade de até 9% ao mês. A investigação revelou que o golpe causou prejuízos de R$ 260 milhões. A Polícia Federal prendeu o empresário envolvido no golpe, que usou uma estrutura empresarial complexa para capturar investidores e se apropriar dos recursos aplicados.
Fonte: © Conjur