Estudo aponta que a IA pode consumir 0,5% da energia global até 2027, revelando insights sobre carga adicional.
Faz algumas semanas, estive em uma discussão com Bill Gates, ao lado de um pequeno grupo de repórteres, acerca das causas das alterações climáticas e potenciais soluções para o problema da Inteligência Artificial.
Em nossa conversa, abordamos não apenas as questões ambientais, mas também o papel da IA na busca por soluções inovadoras e sustentáveis. A Inteligência Artificial tem se mostrado uma aliada poderosa na criação de tecnologias que podem contribuir significativamente para mitigar os impactos das mudanças climáticas, proporcionando um futuro mais promissor para o nosso planeta.
Impacto da Inteligência Artificial na Demanda Global de Energia
Quando o assunto é a quantidade de energia consumida pela Inteligência Artificial (IA), Gates demonstrou otimismo surpreendente. Durante uma coletiva nos bastidores de um evento em Londres, ele enfatizou que não devemos exagerar nesse aspecto. Os data centers de IA, segundo Gates, representam uma carga adicional relativamente pequena para a rede.
Além disso, o bilionário previu que os insights obtidos com a IA trarão ganhos em eficiência que superarão essa demanda adicional. Ele destacou a importância de não deixar que o crescimento da IA impeça o combate às mudanças climáticas. Para Gates, a ascensão da IA não deve ser um obstáculo, mas sim uma oportunidade de melhorar a eficiência e encontrar soluções inovadoras.
A inteligência artificial está impactando significativamente a demanda global por energia, contribuindo frequentemente para um aumento nas emissões de gases de efeito estufa. Os data centers de IA têm um grande apetite por eletricidade, especialmente as GPUs utilizadas para treinar modelos de linguagem e responder a consultas.
Estudos indicam que a IA pode representar 0,5% do consumo global de eletricidade até 2027, equivalente ao consumo anual da Argentina. A demanda por eletricidade nos EUA pode aumentar em 20% até 2030 devido à influência da IA, de acordo com analistas da Wells Fargo. A previsão da Goldman Sachs é que os data centers representem 8% do consumo de energia nos EUA em 2030, um aumento significativo em relação aos 3% atuais.
Ben Inskeep, diretor do programa da Citizens Action Coalition, alertou para o potencial aumento astronômico na carga energética devido aos data centers. Ele ressaltou que a construção de novos data centers por empresas como Microsoft, Google, Amazon e Meta pode sobrecarregar a rede elétrica, levando a uma possível escassez de energia nos próximos anos. A sustentabilidade e eficiência energética se tornam ainda mais cruciais diante desse cenário de crescimento exponencial da IA.
Fonte: @ Info Money
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