A OIM relatou que 362 mil pessoas, sendo mais da metade menores de idade, foram obrigadas a deixar suas casas no Haiti devido à atual crise, um aumento de 15% desde o início do ano.
A situação no Haiti segue preocupante, com a capital Porto Príncipe sendo palco de uma série de eventos violentos causados por gangues armadas. O governo dos Estados Unidos tomou a decisão de retirar parte de seus funcionários da embaixada no Haiti devido ao aumento da insegurança na região.
O país caribenho enfrenta uma crise social e política que vem se agravando nos últimos anos, resultando em um cenário de instabilidade. A população local tem enfrentado grandes desafios diante da violência generalizada e da falta de recursos básicos, como água potável e alimentos.
EUA e Quênia dialogam sobre a crise no Haiti
Os Estados Unidos e o Quênia estão em conversas sobre a situação no Haiti, enfatizando seu compromisso em enviar uma missão multinacional para apoiar a segurança no país. O objetivo é criar as condições necessárias para a realização de eleições livres e justas, de acordo com um porta-voz do Departamento de Estado.
A espiral de violência no Haiti levou população a se refugiar em locais como escritórios da administração pública em busca de abrigo. Ataques armados têm sido constantes, com relatos de confrontos entre a polícia e gangues, resultando em mortes e sequestros.
População lutando contra a crise atual no Haiti
A população haitiana encontra-se confinada, sem ter para onde ir devido à violência crescente. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 362 mil pessoas, sendo a maioria menores de idade, foram forçadas a deixar suas casas no país. A situação é tão crítica que tem sido comparada a uma ‘cidade em estado de sítio’.
As gangues controlam vastas áreas da capital e impedem o deslocamento da população, atacando prédios públicos e instituições. Existe uma pressão pela renúncia do primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, que assinou um acordo para dividir o poder com a oposição até a realização de novas eleições.
Bukele se pronuncia sobre a crise haitiana
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, ofereceu-se para ajudar a resolver a crise no Haiti, aguardando uma resolução do Conselho de Segurança da ONU e o consentimento do país anfitrião. Ele ressaltou a importância de garantir a segurança necessária para enfrentar a situação de instabilidade.
Riscos em meio à crise no Haiti
O governo haitiano decretou estado de emergência em várias regiões do país, incluindo a capital, impondo um toque de recolher noturno para conter a violência. Com hospitais sendo atacados por gangues, a assistência médica está comprometida, colocando em risco a vida de pacientes e profissionais de saúde.
Organizações alertam para a escassez de alimentos devido ao fechamento do aeroporto internacional, o que dificulta a chegada de ajuda humanitária. Cerca de 3.000 mulheres grávidas correm o risco de não acessar os cuidados de saúde essenciais se a situação persistir nas próximas semanas, conforme relatam representantes da ONU. Contêineres com suprimentos fundamentais podem não chegar ao Haiti, levando a um cenário de fome iminente.
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