Ericson de Souza Tavares se entregou ontem à noite. Grupo de Combate ao Crime Organizado. Gestos obscenos e palavrões. Conta deletada após postagem. Agente insinua.
A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas determinou o retorno do delegado Ericson de Souza Tavares à prisão. O delegado havia sido detido em flagrante em março e liberado em junho. Um vídeo em que o delegado faz um gesto obsceno e profere palavras de baixo calão foi compartilhado nas redes sociais no dia 28 do último mês.
A decisão da Câmara Criminal causou surpresa entre os policiais e investigadores que acompanhavam o caso. A conduta do delegado foi considerada inaceitável pelas autoridades responsáveis pela investigação. A repercussão do vídeo gerou indignação na comunidade e levou a uma nova reviravolta no caso, chamando a atenção para a conduta dos agentes da lei.
Delegado Ericson e a Polêmica Postagem nas Redes Sociais
O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas se deparou com a postagem de Ericson, um delegado da Polícia Civil, e viu nela uma afronta que não poderia ser ignorada. Ericson está sob investigação por crimes graves, incluindo extorsão mediante sequestro, ameaça e associação criminosa. No vídeo em questão, ele é visto curtindo um funk e fazendo gestos obscenos, o que gerou uma onda de indignação.
A gravação, feita em um carro de luxo, mostra o delegado ao lado de uma mulher, em um cenário que contrasta fortemente com a seriedade dos crimes que lhe são imputados. A repercussão negativa foi imediata, levando Ericson a deletar sua conta no Instagram para tentar conter a situação. As autoridades, incluindo policiais, investigadores e outras autoridades, interpretaram a postagem como uma insinuação de que o delegado se considera acima da lei.
Ericson, ao se entregar à polícia, teve que encarar as consequências de suas ações. A atitude de desrespeito às investigações e às vítimas dos crimes pelos quais é acusado foi duramente criticada, não apenas pelos internautas, mas também pelas autoridades responsáveis pelo caso. A prisão preventiva foi retomada, demonstrando que ninguém está acima da justiça.
O delegado, que já havia sido preso anteriormente em uma operação que envolveu outros agentes públicos, foi solto por meio de um habeas corpus, mas a sua conduta nas redes sociais levou à necessidade de um novo pedido de prisão. A influência e o poder inerentes ao cargo de delegado não o isentam de responder por seus atos, especialmente quando estes colocam em xeque a credibilidade das instituições e o respeito às leis.
A postagem de Ericson nas redes sociais foi considerada um desafio às autoridades e um desrespeito ao sistema de justiça. O delegado, ao escarnecer do Poder Judiciário e zombar da situação que o levou à prisão, gerou medo nas vítimas e frustração nos agentes públicos envolvidos no caso. A sequência da investigação agora depende da cooperação de todos os envolvidos para garantir que a justiça seja feita.
Fonte: @ Hugo Gloss