Nos papéis prefixados e indexados ao IPCA, o aumento da taxa reduz o preço dos títulos, aplicando um freio no ritmo de corte.
Hoje é mais um dia de oscilações interessantes no mercado do Tesouro Direto. Enquanto os investidores acompanham de perto as taxas de retorno dos títulos, há uma tendência de alta nas cifras, com os papéis do Tesouro IPCA+ e os prefixados mantendo-se em patamares atrativos. Os números se mostram favoráveis aos que apostam nesse tipo de investimento, refletindo positivamente nas carteiras dos aplicadores.
Além disso, os títulos do governo têm se destacado como opções sólidas de aplicações financeiras, despertando o interesse do público em geral. Quem busca rentabilidade e segurança encontra no Tesouro Direto uma alternativa confiável de investimento público, que pode trazer retornos expressivos no longo prazo. Dessa forma, é possível diversificar a carteira e potencializar ganhos com essa modalidade de investimento.
Tesouro Direto: Entenda o contexto e saiba como agir diante das últimas mudanças
A recente aceleração no mercado financeiro não passou despercebida, principalmente após o anúncio de alteração na meta fiscal para 2025, saindo de um superávit para o déficit zero. As declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ecoaram de forma mais rígida, sugerindo um possível freio no ritmo de corte da Selic.
Esse cenário desencadeou uma onda de pessimismo, refletida em uma ascensão nas taxas de longo prazo e um consequente movimento de alta nos títulos públicos, resultando na desvalorização dos preços. Neste contexto, é crucial compreender que quanto maior a taxa, menor o valor de mercado dos papéis, tanto nos prefixados quanto nos indexados ao IPCA.
Embora o aumento das taxas possa ser favorável para novos investimentos, garantindo rentabilidade superior no longo prazo, aqueles que já possuem títulos em carteira enfrentam uma perda temporária devido à queda nos preços. Segundo Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, a preocupação do mercado não reside apenas no déficit primário do país, mas na constante flexibilização das metas fiscais.
É fundamental reconhecer a fragilidade do arcabouço fiscal vigente, conforme destacado pela Fazenda no ano anterior. Apesar dos esforços para aumentar a arrecadação, a incerteza em relação ao risco fiscal tende a crescer. Neste contexto, o acompanhamento do mercado se torna essencial para adequar estratégias de investimento.
Por volta das 11h, os títulos prefixados com vencimentos em 2027 e 2031 ofereciam retornos de 11,07% e 11,66%, respectivamente. Já os papéis atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+ 2029, apresentavam retorno real de 6,10%. Observa-se que a maioria dos títulos dessa categoria operava acima dos 6%, reforçando a complexidade do atual cenário de investimentos públicos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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