Sociedade Brasileira de Imunizações publicou orientações para vítimas das enchentes: profissionais avisam sobre imunizantes contra bactérias, risco de transmissão em aglomerações sem ventilação, causadores de ferimentos e materiais potencialmente contaminados. (146 caracteres)
Na segunda-feira (13), o Ministério da Saúde enviou milhares de doses extras de vacinas para o Rio Grande do Sul.
O envio dessas inoculações é fundamental para garantir a proteção da população gaúcha contra doenças infecciosas. A distribuição dos imunizantes é uma ação importante para fortalecer o sistema de saúde do estado.
Vacinas: Importância e Recomendações
O estado está lidando com enchentes históricas devido aos temporais que afetaram a maioria dos municípios gaúchos. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu uma nota técnica nesta terça-feira (14) com diretrizes para a vacinação das vítimas das chuvas, bem como das equipes de resgate e profissionais da saúde.
Os infectologistas entrevistados pela CNN destacaram a importância das vacinas para as pessoas afetadas pelas enchentes e para aqueles que estão na linha de frente do desastre. É crucial proteger a população local de doenças respiratórias que podem surgir devido às condições climáticas adversas, especialmente crianças, gestantes e idosos.
As enchentes aumentam o risco de doenças como sarna, piolho, leptospirose, hepatites, tétano e infecções por picadas de aranha. Além disso, as aglomerações em locais sem ventilação onde os desabrigados se abrigam podem facilitar a transmissão de doenças respiratórias, como gripe, pneumonia e covid-19, conforme explicou o médico Renato Kfouri, da SBIm.
O Ministério da Saúde está elaborando um plano para fornecer atendimento de saúde mental às vítimas das enchentes no RS, que também recebeu milhares de doses extras de vacinas. Uma nova vacina para câncer está potencializando a resposta imune contra tumores cerebrais.
As vacinas recomendadas para a população local incluem covid-19, influenza, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), hepatite (A e B), tétano e raiva em casos de acidentes com animais.
É fundamental considerar o ambiente de aglomeração em locais sem ventilação, pois aumenta o risco de transmissão de doenças respiratórias. O tétano é uma preocupação devido aos possíveis ferimentos durante situações de sobrevivência, que podem expor as pessoas à bactéria causadora da doença, alertou Rosana Richtmann, infectologista da Dasa.
A hepatite A, por exemplo, é transmitida através da ingestão de água ou lama contaminada, enquanto a febre tifoide é causada pela bactéria salmonella, ressaltou a profissional.
As equipes de resgate, profissionais da saúde e socorristas devem receber vacinas contra influenza, covid-19, tétano, hepatite (A e B), febre tifoide e raiva devido ao contato direto com materiais potencialmente contaminados.
Os profissionais que lidam com resgates e saúde estão mais expostos a riscos de acidentes e ferimentos, especialmente ao lidar com animais. Portanto, a imunização é essencial para protegê-los.
Renato Kfouri enfatizou que as vacinas disponíveis são essenciais para toda a população, independentemente da situação, e devem ser consideradas ao longo do ano para garantir a saúde e a segurança de todos.
Fonte: © CNN Brasil
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