O estresse crônico afeta a saúde emocional e fisiológica, causando alterações no apetite e na absorção de nutrientes diários, resultando em consequências negativas para a saúde.
A fome emocional é um fenômeno cada vez mais comum em nossa sociedade, caracterizado por uma sensação de vazio emocional que leva as pessoas a buscar conforto na comida. Isso pode resultar em um ciclo vicioso de compulsão alimentar, onde a pessoa se sente compelida a comer em excesso, mesmo sem estar fisicamente faminta.
Quando alguém sofre de fome emocional, é comum sentir-se vazio emocional e buscar preencher esse vazio com alimentos. No entanto, essa estratégia pode ter consequências negativas para a saúde, como o desenvolvimento de doenças metabólicas e problemas de saúde relacionados à alimentação excessiva. É importante reconhecer que a fome emocional é um problema que vai além da simples falta de controle sobre a comida, e que requer uma abordagem mais profunda para ser resolvido. É preciso entender que a comida não é a solução para o vazio emocional.
Entendendo a Fome Emocional
Para algumas pessoas, é comum confundir o mecanismo fisiológico da fome com a vontade de comer. Algumas delas sentem que, apesar de comer demais, ainda se sentem vazias. Esse problema é chamado de fome emocional. A fome emocional é uma sensação que faz o organismo procurar e ingerir alimento para satisfazer as necessidades diárias de nutrientes, mas também pode ser influenciada pela saúde emocional.
A fome emocional pode ser uma resposta ao estresse, acontecendo em situações específicas ou de forma crônica, quando o paciente sempre lida com questões emocionais adversas ingerindo mais alimentos. Esse problema pode causar compulsão alimentar e doenças metabólicas, como explica Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ).
Os Fatores que Influenciam a Fome Emocional
A fome emocional também tem relação com sentimento de vazio, ansiedade, tédio, depressão, oferta ou restrição de alimentos e até comemorações, situações que podem despertar o gatilho emocional da fome. Segundo a médica, o ato de ingerir alimentos é mediado por uma série de sinais e estímulos, incluindo a redução da quantidade de nutrientes como carboidratos, proteínas e gorduras ou até a diminuição da temperatura corporal.
A comida pode fornecer prazer imediato e o principal elemento envolvido nessa sensação é um neurotransmissor chamado serotonina. Por esse motivo, principalmente para pessoas ansiosas, comer pode ser uma válvula de escape em situações de estresse. Nesses casos, a procura é por alimentos mais calóricos, que produzem rápido aumento de energia e podem liberar mais rapidamente esse neurotransmissor.
As Consequências da Fome Emocional
O hormônio cortisol causa desejo por comida altamente energética. Os hormônios do estresse fomentam também a formação de células adiposas, que dão mais espaço ao corpo para armazenar energia. Se a procura por alimentos mais calóricos for constante, o paciente pode desenvolver doenças metabólicas como o diabetes. Há pessoas que comem demais quando estão estressadas ou deprimidas, mas há muitos pacientes que são tão tomados pela ansiedade que, até mesmo em situações de euforia e alegria, comem demais sem perceber.
É importante lembrar que, desde bebê, uma pessoa é alimentada em função de outros fatores que não simplesmente a fome fisiológica. A fome emocional pode ser um problema sério que afeta a saúde emocional e física de uma pessoa. É fundamental buscar ajuda profissional para lidar com a fome emocional e evitar consequências negativas para a saúde.
Fonte: @ Terra
Comentários sobre este artigo