Acirramento de conflitos guerras pressiona contratos futuros de petróleo, entre maiores quedas no Ibovespa.
A Azul registrou uma das maiores quedas de ação no Ibovespa hoje, refletindo um cenário de incerteza para o mercado. Próximo ao meio-dia e quarenta, o papel apresentava um declínio de 7,33%, cotado a R$ 11,50. O cenário da semana, marcado pela deterioração dos indicadores macroeconômicos para as companhias aéreas, é ainda mais desafiador devido ao aumento significativo do petróleo. Com isso, também ocorre uma redução de ação nos papéis da Gol.
Ao longo do dia, a volatilidade do mercado contribui para a continuidade da tendência de queda de ação. Os investidores permanecem atentos às oscilações dos preços, resultando em uma possível redução de ação nas principais empresas do setor. É importante monitorar de perto como a Econômica global influenciará ainda mais o mercado financeiro nos próximos dias.
Impacto da Queda de Ação nos Contratos Futuros de Petróleo e Aéreas
Em um cenário onde a economia global se mostra instável, a redução de ação nos indicadores macroeconômicos tem trazido desafios significativos, refletindo diretamente nas empresas. No mesmo horário, a concorrente caía 3,36%, atingindo R$ 1,44, evidenciando os efeitos da queda de ação no mercado. A disparada dos contratos futuros de petróleo tem sido uma má notícia para o setor aéreo, cujos custos operacionais estão fortemente ligados ao querosene de aviação.
Às 12h45 (de Brasília), os contratos para junho do barril Brent, negociado na Intercontinental Exchange Europe, registravam um avanço de 1,58%, alcançando US$ 91,16. O petróleo, cada vez mais caro devido ao acirramento dos conflitos e guerras, tem impactado diretamente a lucratividade das companhias aéreas. Refinarias, frequentemente alvos desses conflitos, sofrem impacto na produção, o que reduz a oferta e eleva os preços do petróleo no mercado internacional.
Neste contexto, os maiores produtores mundiais da commodity, como Irã e Rússia, encontram-se envolvidos em disputas que contribuem para a elevação dos preços do petróleo. Desde o início de abril, o barril Brent vem apresentando uma tendência de alta significativa, ultrapassando a marca dos US$ 90, o que representa o maior patamar de preço em quase seis meses.
Além disso, as aéreas enfrentam outro desafio com a piora das perspectivas para os juros, especialmente após o dado de inflação ao consumidor nos EUA ter surpreendido o mercado de forma negativa. A expectativa de arrefecimento da inflação, indicando possíveis cortes na taxa de juros pelo banco central americano, não se concretizou, impactando diretamente o setor aéreo.
A manutenção de juros elevados a nível global limita a queda da taxa Selic, o que gera reajustes na curva de futuros e afeta a confiança do consumidor, bem como o custo da dívida. Considerando que as aéreas operam com alta alavancagem desde o início da pandemia, esse cenário se torna ainda mais desafiador para o setor.
A semana também trouxe a divulgação da queda de 9,14% no preço das passagens aéreas em março, conforme apontado pelo IPCA. Diante desse cenário, é evidente que as aéreas enfrentam um céu cada vez mais encoberto, com obstáculos que dificultam sua decolagem e apontam para desafios ainda maiores no horizonte.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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