Paciente indiana, 20 dias visão problemas, avaliação imediata: assintomático, câncer metastático pulmão, lesões intraoculares duvidosas, carcinoma pulmão metástase coróide.
Uma mulher brasileira de 32 anos, sem hábito de fumar, recebeu o diagnóstico de carcinoma de pulmão depois de manifestar perda de visão no olho direito e sensibilidade à luz no olho esquerdo. Ela buscou ajuda médica 20 dias após os primeiros sintomas, não relatando dor ou vermelhidão ao redor dos olhos, tampouco ferimentos ou complicações em outras regiões do corpo.
Detectar precocemente o câncer de pulmão é fundamental para um tratamento eficaz. Nestes casos, é essencial estar atento aos sinais e sintomas que o câncer, de pulmão, pode manifestar, como a perda de visão e a sensibilidade à luz descrita pela paciente. A conscientização sobre o câncer de pulmão e a realização de exames preventivos são passos cruciais para a prevenção dessa doença.
O desafio da detecção do câncer de pulmão
Os exames revelaram a presença de uma grande lesão abaixo da retina do olho direito, além de uma lesão menor no olho esquerdo, resultando em alterações na visão. A paciente, cuja identidade não foi revelada, foi submetida a uma radiografia de tórax, que revelou um nódulo na região inferior do pulmão direito, levantando a suspeita de ser cancerígeno.
Outros testes subsequentes identificaram tumores em vários órgãos do corpo, e ela recebeu o diagnóstico de carcinoma de pulmão com metástase na coróide em ambos os olhos. Esse tipo de câncer ocular decorrente de metástase pulmonar representa aproximadamente 0,1% a 7% dos casos de câncer de pulmão metastático.
Apesar do diagnóstico maligno disseminado, a paciente permanecia assintomática, exceto pelos problemas de visão. Esse cenário ressalta a importância crucial da avaliação imediata e prioritária de pacientes com carcinoma de pulmão sempre que forem observadas lesões intraoculares suspeitas.
O panorama do câncer de pulmão
O câncer de pulmão ocupa a segunda posição em incidência tanto em homens quanto em mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), aproximadamente 13% de todos os casos novos são câncer de pulmão. No final do século 20, essa doença tornou-se uma das principais causas de morte evitáveis em todo o mundo.
O tabagismo é reconhecido como a causa primária desse tipo de câncer, estando associado a cerca de 85% dos diagnósticos. A taxa de mortalidade entre fumantes é aproximadamente 15 vezes maior em comparação com não fumantes, enquanto ex-fumantes apresentam um risco quatro vezes maior. Além do tabagismo, a exposição à poluição do ar, infecções pulmonares crônicas, como bronquite e enfisema, fatores genéticos e histórico familiar contribuem para o desenvolvimento do câncer de pulmão.
Outros fatores de risco incluem a exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, consumo de água contaminada com arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes. Os sintomas dessa doença tendem a não ser perceptíveis em estágios iniciais, o que destaca a importância da avaliação constante, especialmente em pacientes com lesões duvidosas.
Fonte: @ Metropoles
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