Inflação acumulada em utensílios do enxoval de bebês superou IPCA; 2,54 mi de crianças nascidas em 2022; semi-novos em alta na saída da maternidade.
Aqueles que optaram por ter um bebê nos últimos 12 meses, até abril, perceberam um aumento nos valores dos itens essenciais para o bebê. A variação de preços na subcategoria de produtos nesse período foi de 3,29%, ligeiramente abaixo dos 3,69% registrados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme dados do IBGE.
É importante considerar esses custos extras ao planejar a chegada de um bebê, especialmente para os pais de primeira viagem. Garantir um ambiente seguro e acolhedor para a criança ou recém-nascido é fundamental, mesmo diante das oscilações econômicas. Priorizar a qualidade dos produtos para o bebê é essencial para o bem-estar da família.
Alternativas para economizar com o enxoval do bebê
Frente a essa variação, muitos pais buscam alternativas para ‘driblar’ a inflação que incide sobre os itens do enxoval. E aí entra a compra de utensílios usados. A depender do produto, a economia com os itens semi-novos pode ser superior a 60%.
Segundo monitoramento da OLX, nos primeiros quatro meses de 2024, o canguru para bebê (acessório para carregar a criança, parecido com uma mochila) apresenta uma diferença de 47% no pré-ço para o item de segunda mão. A saída maternidade (macacão mais arrumadinho e uma manta) chega a 59% de economia.
Mas a maior diferença foi verificada na compra da almofada de amamentação, cujo pré-ço pode sair 66% mais em conta do que o produto novo. O bebê é o principal foco quando se trata de adquirir itens do enxoval, e o carrinho de bebê é um dos mais procurados e vendidos. O produto representa 53% de representatividade na vendagem.
O pré-ço médio do carrinho por meio da OLX é R$ 387, já a média do item novo é R$ 450, uma economia de 14%. Já a poltrona de amamentação e a bomba de leite foram os produtos que mais apresentaram aumento na comercialização no primeiro quadrimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. O primeiro teve 16% e o segundo 10% de alta nas vendas.
De acordo com o último Censo, o número de nascimentos no Brasil caiu pelo quarto ano seguido em 2022 e atingiu o menor patamar desde 1977. Ao todo, foram 2,54 milhões de bebês nascidos, 3,5% a menos do que em 2021 – diferença de 93,5 mil pessoas. O total de nascimentos em 2022 também ficou 11,4% abaixo da média dos cinco anos antes da pandemia (2015 a 2019), ou 326,1 mil a menos.
Fonte: @ Valor Invest Globo