Jovem promessa do Verdão vai para o Chelsea após se destacar na escolinha da cidade do interior onde começou a jogar aos 17 anos.
Em 2015, Estévão Willian fez uma visita à escola estadual professora Adalgisa de São José Gualtiéri, em Franca (SP), para se despedir. O jovem estava de mudança da cidade do interior, a pouco mais de 300 km de São Paulo, em direção a Belo Horizonte, onde iniciaria sua jornada como jogador no Cruzeiro. Estévão estava ansioso e determinado a seguir em frente com seu sonho no futebol.
No novo capítulo de sua vida, Estévão mostrou seu talento desde o início. O jogador promissor rapidamente conquistou espaço na equipe e se destacou. O menino que um dia se despediu da escola em Franca agora brilhava nos gramados de Belo Horizonte, provando que sua mudança valeu a pena. Estévão estava determinado a alcançar o sucesso e estava trilhando um caminho promissor em sua carreira esportiva.
Estévão: O Menino Talentoso da Escola Estadual
A lembrança da professora Lígia Cristina Taveira Antoniete sobre o jovem Estévão ainda ecoa em sua mente, desde os dias em que ele era apenas um aluno do 2º ano do ensino fundamental. Lígia recorda com carinho a conversa que teve com ele, expressando seu desejo de vê-lo um dia na seleção brasileira. Naquela época, Estévão tinha apenas 8 anos e ainda não era conhecido como Messinho, um apelido que ele deixou para trás no caminho de sua jornada. No entanto, desde os seus 3 anos, em Franca, sua cidade natal, todos que o conheciam já percebiam que ali havia um talento especial em desenvolvimento.
Embora a oportunidade de integrar a Seleção principal ainda não tenha se concretizado, tudo indica que é apenas uma questão de tempo. Com sua transferência já acertada para o Chelsea, em uma negociação avaliada em cerca de R$ 350 milhões, Estévão está gradativamente assumindo um papel de destaque no Palmeiras, enquanto aguarda sua mudança para a Inglaterra no próximo ano.
Na cidade onde tudo começou, no interior de Franca, os amigos de Estévão acompanham com orgulho cada passo dado pelo jovem talento, como se ele e sua família ainda residissem no humilde bairro do Jardim Aeroporto II. O ge traz à tona a história daqueles que testemunharam de perto a trajetória de Estévão, desde seus primeiros passos no futebol até se tornar uma das grandes promessas do esporte atual.
Ivo Gonçalves, pai de Estévão e ex-goleiro da Francana, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do filho, sendo seu primeiro ‘treinador’. Desde tenra idade, Ivo instruía Estévão nos fundamentos do futebol e o introduziu na sua primeira escolinha, a Tok de Bola. Foi por intermédio de seu amigo Sérgio Freitas, conhecido como Serginho Carioca e um dos responsáveis pela escola, que Estévão teve a oportunidade de iniciar sua jornada no esporte, aos quase 4 anos de idade.
Embora a Tok de Bola não contasse com uma categoria adequada para o menino prodígio naquela época, Serginho reconheceu o potencial de Estévão e abriu uma exceção para sua participação. Adaptando-se rapidamente, Estévão demonstrou seu talento ao jogar com crianças mais velhas, um feito que se tornaria comum em sua trajetória, inclusive quando pulou categorias no Palmeiras.
Desde cedo, Estévão já encantava a todos com jogadas brilhantes que atraíam uma multidão para a escolinha em Franca. Sua reputação se espalhou pela cidade, e logo o pequeno talento palmeirense se viu sendo o centro das atenções, com o alambrado da Tok de Bola lotado de espectadores ansiosos para ver suas habilidades em campo.
Marcando gols e conquistando títulos em Franca, mesmo competindo em categorias acima de sua idade, Estévão se destacava a ponto de seus técnicos precisarem administrar sua participação nos jogos. A fama do menino prodígio se espalhou rapidamente, e os pais de outras escolinhas, impressionados com seu desempenho, chegavam a pedir para que ele fosse retirado das partidas, tamanha era sua habilidade em desequilibrar o jogo a favor de sua equipe.
Fonte: © GE – Globo Esportes