Ministra aposentada do STF analisa dificuldades do setor nos últimos anos, incluindo judicialização e reformas nos cursos de Direito.
Conhecida por sua trajetória de sucesso e dedicação à justiça, a jurista Ellen Gracie se destacou como símbolo de progresso ao se tornar a primeira mulher a compor o Supremo Tribunal Federal, em 2000, nomeada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Sua atuação como ministra do STF reforçou sua posição como pioneira no cenário jurídico nacional, consolidando seu legado como um exemplo inspirador para as gerações futuras, que enxergam em Ellen Gracie não apenas uma figura emblemática, mas também um ícone de determinação e conquistas no campo do Direito.
Entrevista com Ellen Gracie: Suas Reflexões
Atualmente aposentada do Supremo e atuando como advogada, Ellen Gracie é uma jurista renomada e pioneira em sua carreira. Durante a posse da nova diretoria do Cesa – Centro de Estudos das Sociedades de Advogados, ela compartilhou sua visão com a equipe da TV Migalhas.
Participação das Mulheres e Reformulação Curricular
Ellen Gracie destacou a importância da presença feminina em altos cargos no Judiciário, bem como a necessidade de reformas nos cursos de Direito. Para ela, a grade curricular precisa ser atualizada para lidar de forma mais eficaz com a judicialização e a litigância predatória.
Desafios da Judicialização e Colaboração Ativa
A ex-ministra ressaltou a preocupação com a crescente judicialização no país, que gera um número insustentável de processos. Além disso, a litigância predatória tem causado prejuízos bilionários, exigindo uma colaboração ativa entre o poder Judiciário e os representantes da advocacia para encontrar soluções adequadas.
Política de Alternância de Gênero e Avanços Necessários
Ellen Gracie também destacou a importância da política de alternância de gênero no preenchimento de vagas no Judiciário. Essa medida visa aumentar a participação das mulheres em cargos de alto escalão, reconhecendo a necessidade de equidade nesse ambiente.
Considerações Finais
Em suas reflexões, Ellen Gracie reafirmou a importância de reformas nos cursos de Direito, o combate à litigância predatória e a promoção da igualdade de gênero no Judiciário. Sua visão sobre a colaboração ativa entre as diversas instâncias jurídicas e a necessidade de atualização constante refletem seu papel como um símbolo de progresso no cenário jurídico brasileiro.
Fonte: © Migalhas
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