Termos como “recompra” e “pagamento de dívidas” surgem com frequência, ao lado de crédito privado, quitação de débitos e refinanciar dívidas.
As empresas brasileiras que emitiram dívidas recentemente estão utilizando os recursos para quitar outras dívidas pendentes, uma estratégia comum no mercado. A gestão eficaz das dívidas é fundamental para a saúde financeira das empresas.
Além disso, muitas empresas estão considerando antecipar ofertas que seriam feitas apenas em 2025 para pagar débitos e compromissos financeiros atuais. Isso demonstra a importância de ter um plano de gestão de dívidas sólido. Ao fazer isso, as empresas podem reduzir o peso de suas dívidas e melhorar sua posição financeira no mercado.
As Empresas Aproveitam o Cenário Atual para Reduzir Dívidas
Nos documentos das operações, os termos ‘recompra‘ e ‘pagamento de dívidas’ começaram a aparecer com maior frequência como destino para os recursos, à medida que as companhias aproveitam o cenário atual de crédito privado para trocar dívidas antigas e mais caras por opções mais baratas. Esse movimento visa reduzir os débitos e compromissos financeiros das empresas.
Entre as emissões de debêntures realizadas de janeiro a setembro, 53% foram voltadas para a quitação de débitos, incluindo a recompra de papéis do mesmo tipo. Já no ano de 2023 completo, a proporção foi menor, de cerca de 43%, conforme levantamento feito pelo Valor a partir de dados enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Não foram consideradas emissões de debêntures incentivadas, cujos recursos necessariamente são destinados para projetos de infraestrutura.
Refinanciar Dívidas é uma Prática Comum
Refinanciar dívidas é uma prática comum entre as companhias, mas neste ano, em especial, houve um movimento de antecipação de emissões para pagar compromissos que vencem em um horizonte mais longo, diz Samy Podlubny, chefe da área de dívida do UBS BB. ‘As empresas estão aproveitando o momento de muito dinheiro disponível para captar com spreads em mínimas históricas e refinanciar dívidas que vencem só daqui a dois anos e, em alguns casos, até três anos’, afirma. Esse movimento visa reduzir as dívidas e débitos das empresas, aproveitando o cenário atual de crédito privado.
Fonte: @ Valor Invest Globo