Pesquisa
Lives Saved
Lives Saved
mostra que a adoção de estratégias de redução de danos pode evitar 1.364.000 mortes precoces em 40 anos.
O tabagismo é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, políticas de prevenção e conscientização têm contribuído para a redução do número de fumantes e, consequentemente, para a prevenção de mortes ligadas ao tabagismo. É fundamental continuar investindo em medidas que desestimulem o hábito de fumar e promovam um estilo de vida mais saudável para a população.
Além dos danos à saúde causados pelo tabaco, o tabagismo também representa um custo econômico significativo para o sistema de saúde. O investimento em campanhas antitabagismo e no acesso a tratamentos para dependentes de tabaco pode trazer benefícios a longo prazo, tanto para a saúde quanto para a economia do país. É importante manter o foco na prevenção e no combate ao tabagismo para garantir um futuro mais saudável para as próximas gerações.
A importância da redução de danos no combate ao tabagismo
A pesquisa ‘Lives Saved’, apresentada no evento ‘Quit Like Sweden’, destacou as estratégias implementadas pela Suécia para reduzir a taxa de fumantes para 5,6%, em contraste com os 23% na Europa. Ações como o diagnóstico e tratamento precoces do câncer de pulmão foram apontadas como fatores essenciais na diminuição de mortes. Além disso, a pesquisa ressaltou a relevância da adoção de estratégias de redução de danos para mitigar os impactos do tabagismo.
A psicóloga Mônica Gorgulho, especialista em redução de danos, enfatizou a complexidade das dependências, evidenciando a importância de considerar não apenas a necessidade química do organismo, mas também o comportamento associado ao uso de substâncias psicoativas. Encontrar formas menos prejudiciais de atender às necessidades físicas e químicas, facilitando a transição para abandonar o tabagismo, é fundamental nesse processo.
Tabaco: desafios e estratégias promissoras
O evento ‘Quit Like Sweden’ abordou as medidas adotadas pela Suécia, incluindo a introdução de dispositivos eletrônicos, como vapes, como alternativa aos cigarros convencionais para ajudar na cessação do tabagismo. A União Europeia reconheceu os vapes como uma opção para reduzir os danos do tabaco, sinalizando uma mudança de paradigma positiva em relação ao uso de alternativas ao fumo.
Johan Nissinen, membro do Parlamento Europeu da Suécia, destacou a importância dessas novas possibilidades, ressaltando a meta da UE de se tornar livre de fumo até 2040. No entanto, no Brasil, a ANVISA está revendo a norma que proíbe dispositivos eletrônicos para fumar, com uma reunião marcada para discutir o assunto.
O debate sobre dispositivos eletrônicos e o fumo no Brasil
A ANVISA realizou uma consulta pública sobre a regulação dos dispositivos eletrônicos para fumar, revelando que 59% dos participantes discordam da proibição atual. Enquanto o Ministério da Saúde expressa apoio à proibição vigente, a discussão sobre a adoção de estratégias para promover a redução de danos no tabagismo continua em pauta. A reunião colegiada marcada para amanhã será uma oportunidade para debater abertamente o tema e considerar alternativas eficazes no combate ao tabagismo.
Fonte: © CNN Brasil
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