Neurocirurgião analisa estudo sobre a condição que afeta 80% da população mundial: intervenções cirúrgicas, técnicas aprimoradas, fortalecimento muscular.
Um estudo recente publicado no Journal of Neurosurgery: Spine revelou novas abordagens para tratar a hérnia de disco, uma condição que impacta a qualidade de vida de muitas pessoas. A hérnia de disco é uma lesão comum que ocorre quando o núcleo pulposo se projeta através do ânulo fibroso, pressionando as raízes nervosas na região lombar ou cervical.
Além da protusão discal, a pesquisa também abordou a importância de manter a saúde do disco intervertebral para prevenir complicações futuras. A protusão intervertebral pode causar dor intensa e limitar a mobilidade, mas com o tratamento correto, é possível aliviar os sintomas e recuperar a função normal da coluna vertebral.
Hérnia de disco: Intervenções para prevenir recidivas
O estudo aborda intervenções cirúrgicas e não cirúrgicas para tratar a hérnia de disco. Entre as técnicas cirúrgicas aprimoradas de discectomia, que removem parte do disco intervertebral, e as intervenções não cirúrgicas, como exercícios de fortalecimento muscular e modificações no estilo de vida, o objetivo é reduzir a recorrência dessa condição.
A recidiva da hérnia de disco está associada ao envelhecimento natural da coluna e à predisposição genética. O neurocirurgião Francisco Vaz ressalta a importância de compreender os fatores que contribuem para esse retorno da hérnia de disco, sendo o envelhecimento um dos principais elementos desencadeadores.
Francisco Vaz explica que o desgaste discal é um processo comum, porém, algumas pessoas são mais propensas a desenvolverem de forma mais acentuada devido à carga genética. A degeneração da coluna cervical e lombar, inerente ao envelhecimento, é influenciada pela genética e não pode ser controlada, pois está presente no código genético de cada indivíduo.
O processo de degeneração do disco intervertebral tem início com a desidratação do disco. O núcleo pulposo, rico em água, é mantido no lugar pela cinta fibrosa. Com o envelhecimento, o núcleo perde água, torna-se mais rígido e pode romper o anel fibroso, resultando na hérnia de disco lombar.
A reincidência da hérnia de disco após a discectomia lombar é comum, com taxas variando entre 5% e 15%. Além do envelhecimento natural, fatores como obesidade, sedentarismo e tabagismo podem acelerar o processo de degeneração discal. O peso excessivo sobrecarrega a coluna, a fraqueza muscular diminui o suporte dos músculos da coluna, e o tabagismo interfere na saúde dos discos intervertebrais.
O estudo visa aprimorar a compreensão sobre a recidiva da hérnia de disco e aperfeiçoar as intervenções existentes para prevenir novos episódios. A análise desses fatores pode contribuir significativamente para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes no tratamento e prevenção da hérnia de disco.
Fonte: @ Terra