No Brasil, a realidade da Lúpus é desafio: baixa conscientização, escassa mão-de-obra especializada e acesso limitado a medicamentos altos doses, cortisona, imunossupressores e imunorreguladores. O panorama da doença leva a longa duração, alto número de óbitos e baixo controle. IBGE aponta escassez de profissionais. A campanha “Lúpus: A Marca da Coragem” busca mudar isso. Lúpus: vida curta, falta de terminos de tratamento, perda de massa óssea.
Uma das consequências mais graves do lúpus, doença autoimune que pode desencadear inflamação e afetar diversos órgãos, foi a infecção, levando à morte em muitos casos. O estudo recente sobre o cenário da reumatologia no Brasil, realizado ao longo de duas décadas, revelou que a infecção foi o principal fator associado aos óbitos de pacientes com lúpus, seguido por complicações cardiovasculares e renais.
Além das complicações causadas pela infecção, a inflamação crônica presente na doença autoimune pode agravar ainda mais o quadro clínico dos pacientes com lúpus. A reumatologia desempenha um papel fundamental no tratamento desses casos, buscando controlar a inflamação e prevenir complicações que possam levar à morte. panorama no país
Panorama da infecção e morte no Brasil
A pesquisa inédita busca preencher a escassez de informações sobre a realidade da doença no Brasil devido à falta de profissionais qualificados. Estima-se que a cada reumatologista, especialista no tratamento da infecção, haja 77 mil brasileiros lidando com essa condição. Os dados foram coletados do DataSUS, ligado ao Ministério da Saúde, como parte da campanha ‘Lúpus: A Marca da Coragem’ da AstraZeneca. A falta de mão de obra especializada afeta milhares de pacientes, levando a diagnósticos tardios.
Impacto da inflamação e doença autoimune
Essa situação é preocupante, especialmente considerando a pesquisa do IBGE, que revela entre 150.000 e 300.000 adultos com lúpus no Brasil, principalmente mulheres. Um número significativo desses pacientes falece entre 19 e 50 anos, em contraste com a população em geral, onde óbitos são mais comuns após os 50 anos.
Desafios no controle da doença
A automedicação é um problema sério, especialmente com a cortisona, que pode levar a complicações graves. A falta de controle da atividade da doença e o uso prolongado de certos medicamentos aumentam os riscos. A cortisona, apesar de eficaz na inflamação, está associada a efeitos adversos como perda óssea.
Abordagens de tratamento e prevenção
Nafice Costa, da Sociedade Paulista de Reumatologia, destaca a importância de controlar o acesso à cortisona por meio de prescrições médicas. Ela alerta para os efeitos prejudiciais a longo prazo desse medicamento e recomenda alternativas como imunossupressores e imunorreguladores.
Desafios e perspectivas no combate à infecção e morte
O lúpus é uma doença complexa, com sintomas variados e causas diversas. O diagnóstico genético ainda é um desafio, e a falta de conhecimento tanto entre profissionais de saúde quanto na população dificulta o acesso a tratamentos especializados. Garantir um controle adequado da atividade da doença a longo prazo é essencial para reduzir os impactos negativos na saúde dos pacientes.
Fonte: @ Veja Abril
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