Maxwell Simões Corrêa é acusado de planejar a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, após homicídio, prisão preventiva.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Justiça carioca determinou hoje o encaminhamento para júri popular do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, acusado de envolvimento no planejamento da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
O caso chocou o país e gerou grande comoção, pois o assassinato de Marielle Franco foi um dos crimes mais emblemáticos da história recente do Brasil, levando à exigência de respostas claras sobre o falecimento da vereadora e seu motorista.
Desdobramentos do Caso de Suel e a Intrincada Teia de Assassinato
Suel, conhecido por seu envolvimento em casos sombrios, foi detido em julho do ano passado após revelações feitas na delação premiada de Élcio Queiroz, ex-PM que admitiu ter conduzido o veículo no momento do falecimento. O delator apontou Suel como o responsável por obter um veículo clonado para o crime, além de ter participado do descarte do mesmo após o assassinato. A defesa de Suel, ao ser contatada, declarou que analisaria a sentença antes de se pronunciar.
Durante o interrogatório, o ex-bombeiro negou qualquer ligação com o veículo utilizado na ação criminosa. Ele também refutou qualquer conhecimento sobre o planejamento do óbito da vereadora, contrariando as afirmações de Élcio. Na decisão de pronúncia, o juiz Gustavo Kalil decidiu manter a prisão preventiva de Suel, enviando o caso para julgamento popular.
Suel, um dos milicianos mencionados por Ronnie Lessa em sua delação premiada como cúmplice no falecimento de Marielle e Anderson, foi acusado de fornecer o veículo utilizado no crime. Lessa confirmou a participação de Suel no ato, porém alegou que ele não tinha conhecimento do alvo. Segundo Lessa, Suel forneceu um veículo com placa clonada para outro crime: o óbito da presidente da escola de samba Salgueiro, Regina Céli.
A defesa de Suel tentou usar o depoimento de Lessa para revogar a prisão, sem sucesso. Lessa, no entanto, confirmou a participação de Suel no descarte do veículo após o crime. O ex-bombeiro já havia sido condenado por lançar armas ao mar, pertencentes a Lessa. A trama intricada envolvendo planejamento, morte e delação continua a se desenrolar, revelando os detalhes sombrios por trás desses eventos perturbadores.
Fonte: © Notícias ao Minuto