Victor Manuel Rocha, 73, ex-espião de Cuba, admitiu culpa por agir como agente estrangeiro. Punição definida pelo Departamento de Justiça por atividades clandestinas.
Um novo capítulo se desenrolou na história de Victor Manuel Rocha, de 73 anos, um ex-embaixador americano que atuou como agente infiltrado para o governo cubano. Recentemente, ele foi sentenciado a 15 anos atrás das grades em um julgamento que ecoou pelo mundo.
As revelações chocantes do ex-embaixador americano agindo como agente secreto lançaram luz sobre uma trama complexa de traição e intriga internacional. Essa história serve como um lembrete vívido de como até os mais respeitados diplomatas podem, em certo momento, agir como agentes duplos.
Escândalo do ex-embaixador americano envolvido em espionagem para governo de Cuba
Victor Rocha, ex-embaixador americano de longa data, se viu no centro de um escândalo ao ser indiciado em dezembro do ano passado por conspirar para atuar como agente secreto do governo de Cuba. Em fevereiro, admitiu as acusações, marcando assim o fim de décadas de traição e decepção para as autoridades dos EUA. David Newman, oficial sênior de segurança nacional do Departamento de Justiça, descreveu o caso como uma das infiltrações mais significativas na história do governo dos EUA.
Durante mais de 40 anos, Rocha viveu uma vida de mentiras, atuando clandestinamente em favor de Cuba desde pelo menos 1981, quando iniciou suas atividades no serviço externo dos EUA. Seus feitos o levaram a ocupar posições de destaque, como conselheiro especial do Comando Sul do Exército dos Estados Unidos, o que torna a sua traição ainda mais chocante no cenário diplomático americano.
As acusações contra Rocha apontam para um longo histórico de colaboração com agentes de inteligência cubanos para prejudicar os interesses dos EUA. Ele teria fornecido informações enganosas às autoridades americanas e apoiado clandestinamente o Partido Comunista de Cuba durante sua permanência no Departamento de Estado. As autoridades apontam que a total extensão de suas atividades ainda é desconhecida.
Conforme revelado no desdobramento do caso, Rocha concordou em se declarar culpado e divulgar detalhes de suas interações com a inteligência cubana, como parte de um acordo com promotores federais. Seu advogado não emitiu comentários sobre o caso até o momento, enquanto as autoridades investigam a fundo as ramificações dessa traição de longa data.
A trajetória do ex-espião e sua queda dramática
Ao longo das décadas, Rocha ocupou cargos influentes no governo dos EUA, desde seu trabalho no Departamento de Estado até sua atuação como embaixador na Bolívia. No entanto, por trás dessas posições de prestígio, ele estava agindo em benefício de Cuba, como revelado nas investigações em curso.
A descoberta de suas atividades ilegais se deu durante encontros com agentes cubanos entre 2022 e 2023, nos quais Rocha se vangloriou de sua conduta como espião, acreditando estar acima de qualquer suspeita. No entanto, o agente com quem ele dialogava era, na verdade, um infiltrado do FBI, revelando assim a rede de traição tecida ao longo dos anos.
Esse escândalo abalou as estruturas do serviço diplomático americano, levantando questionamentos sobre a segurança e a lealdade de seus membros. A história do ex-embaixador Victor Rocha serve como um lembrete sombrio dos perigos da espionagem e da traição, deixando marcas indeléveis na história das relações internacionais.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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