Nasa divulgou um vídeo de um supercomputador sobre a queda em um buraco negro de 4,3 milhões de sols. Mistério do Universo: buraco negro, objeto astrofísico. Horizonte de eventos, disco de acreção, anéis, anéis de fótons, distorção de espaço-tempo. Processadores rápidos, década de informações, decodificando dados. Velocidade da imagem, leis de física, supercomputador revela.
A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) revelou um vídeo produzido por um supercomputador que ilustra a experiência de adentrar um buraco negro com uma massa 4,3 milhões de vezes superior à do Sol. Um dos enigmas mais fascinantes do Cosmos, o buraco negro é caracterizado como um objeto astronômico que abriga grandes concentrações de matérias compactadas em pequenos espaços.
No entanto, ao se aproximar das grandes densidades altas e da intensa gravidade do buraco negro, é possível observar o fenômeno do horizonte de eventos, onde a forte gravidade puxando a luz e os objetos de referência para seu interior cria estruturas brilhantes como os anéis de fótons e gera múltiplas imagens distorcidas. As forças do buraco negro moldam um cenário visual único e intrigante, revelando a complexidade desses espaços misteriosos.
Buraco Negro: Uma Jornada pelo Universo Misterioso
Por conta de sua alta densidade, a gravidade abaixo de sua superfície, conhecida como horizonte de eventos, é tão intensa que até a luz é incapaz de escapar. As pessoas frequentemente questionam sobre o que aconteceria ao cair em um buraco negro, e simular esses processos desafiadores de conceber ajuda a conectar a matemática da relatividade com as consequências no Universo real, conforme explica o criador das visualizações, Jeremy Schnittman, astrofísico no Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa.
Schnittman destaca que os buracos negros supermassivos possuem um horizonte de eventos menor e uma força de maré maior. Essa última característica está relacionada à diferença de gravidade entre dois pontos. No caso do buraco negro, a gravidade puxando o objeto para perto é significativamente maior do que em outro ponto. Isso resulta na possível fragmentação do objeto antes mesmo de atingir o horizonte de eventos.
Para criar as visualizações, Schnittman utilizou o supercomputador da Nasa chamado Discover. Enquanto em um notebook convencional seria necessário mais de uma década para carregar as informações, o supercomputador completou a tarefa em apenas cinco dias. Durante o processo, o equipamento utilizou 0,3% do total de 139 mil processadores disponíveis.
O projeto resultou em 10 terabytes de dados. Na simulação, uma nuvem plana e giratória de gás quente e brilhante, conhecida como disco de acreção, envolve o buraco negro e serve como referência visual. O mesmo acontece com estruturas luminosas chamadas anéis de fótons, que se formam mais próximos do buraco negro a partir da luz que o orbitou uma ou mais vezes.
No início do vídeo, a câmera está posicionada a 640 milhões de quilômetros de distância, e o buraco negro rapidamente preenche a tela. À medida que se aproxima, o disco, o anel de fótons e o céu estrelado começam a se distorcer progressivamente, formando múltiplas imagens. Esse fenômeno ocorre à medida que a luz atravessa o espaço-tempo distorcido.
Em tempo real, a câmera levaria três horas para alcançar o horizonte de eventos. No entanto, para um observador distante, pareceria que a câmera nunca atingiu o buraco negro. Devido à distorção do tempo e do espaço, ao se aproximar do objeto astronômico, a velocidade da imagem da câmera diminuiria até congelar.
É por isso que os astrônomos costumavam se referir aos buracos negros como estrelas congeladas. Uma vez dentro do buraco negro, a câmera se dirigiria para o centro do objeto astronômico, onde as leis de física conhecidas pela humanidade deixam de ter validade. No entanto, essa jornada seria breve, pois em 12,8 segundos a câmera seria destruída pelas forças do buraco negro.
Fonte: © TNH1